Glândulas e Hormônios

Autora: Keren Kaline Candial

 

Os hormônios são substâncias produzidas pelas chamadas glândulas endócrinas. Essas glândulas produzem secreções que são lançadas diretamente na corrente sanguínea. No nosso corpo, o conjunto dessas glândulas forma o chamado sistema endócrino.

Hipotálamo

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Importante estrutura do sistema nervoso

 

 O que é e localização

 

O hipotálamo é uma região do encéfalo dos mamíferos, localizado abaixo do tálamo e acima da hipófise (no interior central dos dois hemisférios cerebrais). Ele é uma pequena parte do diencéfalo, sendo considerado uma dos mais importantes estruturas do sistema nervoso central.

 Características principais

 

·         Possui dimensão pequena (pouco maior do que um grão de feijão).

·         Formado por células de matéria cinzenta.

·         Está conectado com outras estruturas do corpo humano como, por exemplo, sistema límbico, tálamo, hipófise e área pré-frontal.

·         Funções do hipotálamo

·         Controla o sistema nervoso autônomo dos seres humanos;

·         Atua no controle da temperatura do corpo humano;

·         Controla e regula os processos de sede e fome;

·         Atua no controle das emoções e comportamentos (funções exercidas em conjunto com o sistema límbico);

·         Atua no processo de contração muscular (cardíaco e liso);

·         Atua na regulação de secreção de diversas glândulas que produzem hormônios;

·         Age no controle de vários hormônios pela hipófise;

·         Age nos processos relacionados ao desejo sexual;

·         Regula os estados de consciência e ritmos circadianos (horários de vigília e sono).

 

 

Você sabia?

 

A palavra hipotálamo deriva do grego, sendo que Hypo significa “abaixo de”. Portanto, a palavra faz referência a sua localização: abaixo do tálamo.

 

Hipófise

A hipófise, ou glândula pituitária é uma glândula pequena que se divide em duas porções distintas, os lobos anterior e posterior, e é localizada na base do cérebro.

A hipófise anterior, também conhecida como adeno-hipófise, secreta seis hormônios peptídeos importantes, são eles:

A     A hipófise posterior, conhecida como neuro-hipófise, secreta dois hormônios:

Anatomia da Hipófise

 

 A maior parte da secreção hipofisária é controlada tanto por sinais hormonais como nervosos a partir do hipotálamo. O hipotálamo recebe sinais do organismo, e esses vão controlar as secreções dos vários hormônios hipofisários.

O hipotálamo sintetiza e secreta os hormônios liberadores e inibidores que controlam a secreção de hormônios na porção anterior da hipófise.

Os principais hormônios liberadores e inibidores hipotalâmicos são:

Tireoide

 A tireoide ou tiroide é uma glândula em forma de borboleta (com dois lobos), que fica localizada na parte anterior pescoço, logo abaixo da região conhecida como Pomo de Adão (ou popularmente, gogó). É uma das maiores glândulas do corpo humano e tem um peso aproximado de 15 a 25 gramas (no adulto).

Ela age na função de órgãos importantes como o coração, cérebro, fígado e rins. Interfere, também, no crescimento e desenvolvimento das crianças e adolescentes; na regulação dos ciclos menstruais; na fertilidade; no peso; na memória; na concentração; no humor; e no controle emocional. É fundamental estar em perfeito estado de funcionamento para garantir o equilíbrio e a harmonia do organismo.

Comparada a outros órgãos do corpo humano é relativamente pequena ela. É responsável pela produção dos hormônios T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina), que atuam em todos os sistemas do nosso organismo.

Quando a tireoide não está funcionando adequadamente pode liberar hormônios em excesso (hipertiroidismo) ou em quantidade insuficiente (hipotireoidismo).

Hipotireoidismo

Se a produção de “combustível” é insuficiente provoca hipotireoidismo. Tudo começa a funcionar mais lentamente no corpo: o coração bate mais devagar, o intestino prende e o crescimento pode ficar comprometido. Ocorrem, também, diminuição da capacidade de memória; cansaço excessivo; dores musculares e articulares; sonolência; pele seca; ganho de peso; aumento nos níveis de colesterol no sangue; e até depressão. Na verdade, o organismo nesta situação tenta "parar o indivíduo", já que não há “combustível” para ser gasto.

Hipertireoidismo

Se há produção de “combustível” em excesso acontece o contrário, o hipertiroidismo. Nesse caso, tudo no nosso corpo começa a funcionar rápido demais: o coração dispara; o intestino solta; a pessoa fica agitada; fala demais; gesticula muito; dorme pouco, pois se sente com muita energia, mas também muito cansada.

Tanto no hipo como no hipertireoidismo, pode ocorrer um aumento no volume da tireoide, que chama-se bócio, e que pode ser detectado, através do exame físico. Problemas na tireoide podem aparecer em qualquer fase da vida, do recém-nascido ao idoso, em homens e em mulheres.

Diagnosticar as doenças da tireoide não é complicado e o tratamento pode salvar a vida da pessoa.

Nódulos de Tireoide

Um dos problemas mais frequentes da tireoide são os nódulos, que não apresentam sintomas. Estima-se que 60% da população brasileira tenha nódulos na tireoide em algum momento da vida. O que não significa que sejam malignos. Apenas 5% dos nódulos são cancerosos. O reconhecimento deste nódulo precocemente pode salvar a vida da pessoa e a palpação da tireoide é fundamental para isso. Este exame é simples, fácil de ser feito e pode mudar a história de uma pessoa. Uma vez identificado o nódulo, o endocrinologista solicitará uma série de exames complementares para confirmar a presença ou não do câncer.

Glândula Paratireóide

Por Débora Carvalho Meldau

As glândulas paratireóides, também conhecidas como glândulas paratireóides, são quatro pequenas glândulas endócrinas, que medem cerca de 3 x 6 mm, com peso total de, aproximadamente, 0,4 gramas. Possuem uma coloração amarelada e localizam-se mais comumente na face posterior da tireóide, nos pólos superiores e inferiores da glândula, geralmente na cápsula que reveste os lobos da tireóide, embora algumas vezes se situem no interior da glândula. Há a possibilidade também de serem encontradas no mediastino, próximo ao timo. Esta última localização se deve ao fato de as paratireóides e o timo se originarem de esboços embrionários muito próximos.

Cada paratireóide é envolvida por uma cápsula de tecido conjuntivo. Dessa cápsula partem trabéculas para o interior da glândula que são contínuas com as fibras reticulares que sustentam os grupos de células secretoras.

O parênquima da paratireóide é formado por células epiteliais dispostas em cordões separados por capilares sanguíneos. Há  dois tipos de células na paratireóide: as principais e as oxífilas.  As células principais são as predominantes e são menores, de forma poligonal, têm núcleo vesiculoso e citoplasma fracamente acidófilo; estas células são secretoras do hormônio das paratireóides, o paratormônio.

Na espécie humana, as células oxífilas aparecem por volta dos sete anos de idade e a partir daí aumentam progressivamente de número. São poligonais, porém maiores do que as principais, e seu citoplasma contêm muitos grânulos acidófilos que ao microscópio eletrônico se revelam serem mitocôndrias com numerosas cristas. A função dessas células ainda não foi elucidada.

O paratormônio é uma proteína com massa molecular de 8.500 Da. Ele se liga a receptores em osteoblastos, sendo este um sinal para estas células produzirem um fator estimulante de osteoclastos que aumenta o número e atividade dessas células, promovendo assim a reabsorção da matriz óssea calcificada e a liberação de Ca2+ no sangue. Por outro lado, o aumento da concentração de Ca2+ suprime a produção de hormônio da paratireóide. A calcitonina produzida na glândula tireóide também influencia os osteoclastos, inibindo tanto sua ação de reabsorção de osso como a liberação de Ca2+,diminuindo a concentração deste íon no plasma e estimulando a osteogênese, tendo, portanto, ação oposta a do paratormônio.

Além de aumentar a concentração de Ca2+ plasmático, o hormônio da paratireóide reduz a concentração de fosfato sanguíneo. Este efeito resulta da atividade do paratormônio em células dos túbulos renais, diminuindo a reabsorção de fosfato e aumentando sua excreção na urina. O paratormônio aumenta indiretamente a absorção de Ca2+ no trato digestivo, estimulando a síntese de vitamina D, que é necessária para esta absorção. A secreção das células paratireóides é regulada pelos níveis sanguíneos de Ca2+.

Pâncreas

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Pâncreas: importante função de produção de hormônios e enzimas digestivas

 

O pâncreas é uma glândula mista pois além de hormônios (insulina e o glucagon) produz também o suco pancreático, que é lançado no intestino delgado e desempenha importante papel na digestão.


    A insulina controla a entrada da glicose nas células (onde será utilizada na liberação de energia) e o armazenamento no fígado, na forma de glicogênio.
A falta ou a baixa produção de insulina provoca o diabetes, doença caracterizada pelo excesso de glicose no sangue (hiperglicemia).


    O glucagon funciona de maneira oposta à insulina. Quando o organismo fica muitas horas sem se alimentar, a taxa de açúcar no sangue cai muito e a pessoa pode ter hipoglicemia, que gera a sensação de fraqueza, tontura, levando, em muitos caso, ao desmaio.


    Nesse caso o pâncreas produz o glucagon, que age no fígado, estimulando a "quebra" do glicogênio em moléculas de glicose. Por fim, a glicose é enviada para o sangue normalizando a hipoglicemia.

 

Localização

 

Localizado no abdômen, o pâncreas possui, nos seres humanos, de 14 a 25 centímetros de comprimento. Está localizado anexo ao duodeno.

 

Regiões

 

O pâncreas possui três regiões principais: cabeça do pâncreas, corpo e cauda.

 

Vascularização do pâncreas

 

O pâncreas é vascularizado pelas artérias pancreaticoduodenais. A drenagem venosa ocorre através das veias pancreáticas.  

 

Tipos de tecido do pâncreas e suas funções:

 

·    Ilhotas pancreáticas (ou Ilhotas de Langerhans) (região endócrina): células do pâncreas responsáveis pela secreção de hormônios que fazem o controle dos níveis de glicose no sangue.

·         Suco Pancreático (região exócrina): fabrica enzimas que atuam no processo de digestão alimentar.

 

Principais doenças que podem atingir o pâncreas:

·         Câncer de pâncreas

·         Pancreatite (processo inflamatório no pâncreas)

·         Tumores benignos

·         Diabetes Tipo 1

·         Fibrose cística

 

Adrenais ou supra-renais

        As adrenais ou supra-renais são glândulas que estão localizadas na parte superior aos rins. São formadas por duas regiões distintas: o córtex e a medula.

        A medula supra-renal é responsável pela síntese e liberação dos hormônios adrenalina e noradrenalina.

        O córtex da adrenal secreta os hormônios aldosterona e cortisol.Ácido Pancreático

        A aldosterona tem a função de regular o metabolismo salino, para isso ela provoca um aumento na reabsorção do sódio  e excreção renal do potássio, e consequentemente ocorre uma reabsorção maior de cloro.

        O cortisol aumenta a concentração de glicose no sangue. É também um hormônio fundamental para o metabolismo das proteínas e gorduras, provocando a síntese de glicose a partir dessas proteínas.

 

 

 Ovário

O que é

 O ovário é um órgão, pertencente ao sistema reprodutor feminino,  presente somente nas fêmeas, incluindo os seres humanos. É neste órgão que são produzidas as células reprodutivas ou óvulos.

 

Normalmente a mulher possui dois ovários, um de cada lado do útero, e estes, são ligados pelas trompas de Falópio.

 

Anatomia do ovário 

 

Com relação a sua anatomia, eles possuem uma forma oval e aplanada, semelhante à de uma amêndoa. Cada ovário apresenta duas partes: uma interna e outra externa.

 

Na mulher adulta, a parte externa abriga uma grande quantidade de folículos de tamanhos diferentes, onde se encontram os óvulos.

 

A cada ciclo menstrual, um folículo é desenvolvido e uma grande quantidade de estrógeno começa a ser secretada. Neste momento o folículo passa a ser chamado de folículo de Graaf.

 

Ovário: produção das células reprodutivas (óvulos)

 

Produção de hormônios

 

Os ovários produzem hormônios (hormônios sexuais), que, junto com a hipófise, contribuem com o desenvolvimento das características específicas do sexo feminino, além disso, também possui a função de regular a menstruação.

 

Os principais hormônios sexuais femininos são o estrógeno (ou estrogênio) e a progesterona. O estrógeno é produzido pelos folículos do ovário, ou seja, pelos óvulos em formação. É responsável pelo desenvolvimento das características sexuais secundárias femininas e pelo controle do ciclo menstrual.

 

Fecundação

 

A fecundação ocorre através da união do espermatozóide com o óvulo, geralmente, ainda na trompa de Falópio. Após isso, é formado o zigoto ou ovo.

 

Testículos

Os testículos são as gônadas sexuais masculinas dos animais sexuados, que possui dupla função: produzir as células sexuais masculinas (espermatozóides) e sintetizar hormônios.

Anatomia do testículo

 

O principal hormônio sintetizado pelo testículo é a testosterona, bem como o seu metabólito diidrotestosterona, sendo que o primeiro é altamente importante para o processo de espermatogênese (produção de espermatozóides), para a diferenciação sexual durante o desenvolvimento embrionário e fetal, assim como para o controle da secreção das gonadotrofinas.

Normalmente, os indivíduos do sexo masculino possuem dois testículos. Cada um apresenta-se envolto por uma grossa cápsula de tecido conjuntivo denso, denominada túnica albugínea. Esta última é espessada na superfície dorsal dos testículos para dar origem ao mediastino do testículo, do qual partem septos fibrosos. Estes, por sua vez, penetram no parênquima testicular dividindo-o em compartimentos piramidais, conhecidos como lóbulos do testículo. Estes septos são incompletos e, muitas vezes, ocorre intercomunicação entre os essas estruturas. No interior de cada lóbulo estão presentes de túbulos seminíferos (de 1 a 4) que se alojam como novelos dentro de um tecido conjuntivo frouxo altamente vascularizado, tanto por vasos sanguíneos quanto por vasos linfáticos, além de nervos e células intersticiais, denominadas células de Leydig. Os túbulos seminíferos são responsáveis por produzirem os espermatozóides, enquanto que as células de Leydig por secretarem andrógeno testicular (testosterona).

Os testículos se desenvolvem retroperitonealmente na parede dorsal da cavidade abdominal. Durante o desenvolvimento do feto, eles migram e se alojam no interior da bolsa escrotal, ficando suspensos na extremidade do cordão espermático. Consequentemente a esta migração, cada testículo arrasta consigo um saco de membrana serosa, conhecido como túnica vaginal, oriunda do peritônio. Esta túnica é composta por duas camadas: uma parietal exterior e uma visceral interna, que recobre a túnica albugínea nas porções laterais e anterior do testículo. O escroto apresenta um importante papel na manutenção da temperatura testicular, sendo que esta deve encontrar-se alguns graus abaixo da temperatura corporal para que desempenhe normalmente suas funções.

O desenvolvimento testicular é quiescente até o início da puberdade, quando passa a realizar a espermatogênese. Deste modo, os testículos são pequenos até essa fase, quando crescem alcançando o tamanho adulto.

Estas estruturas são altamente sensíveis a impactos e lesões. Os principais problemas que acometem os testículos são:

 Glândula Pineal

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Localização da glândula pineal

 

O que é

 

A Glândula Pineal, também conhecida como epífise neural, é uma glândula endócrina de tamanho pequeno localizada na parte superior do terceiro ventrículo do encéfalo, ou seja, na parte central do cérebro humano.

 

Função

 

Secretar a melatonina, hormônio responsável pela regulação dos ritmos do corpo (ciclos circadiano), relógio biológico e o sono.

 

Características principais:

 

·         Possui uma estrutura cinza-avermelhada;

·         Tem o tamanho de um grão de ervilha;

·         Tem origem em células neuroectodérmicas;

·         Possui a superfície revestida por uma cápsula pial.

 

Funcionamento

 

Durante a escuridão da noite e sono, a glândula pineal funciona mais, produzindo maior quantidade de melatonina. Já durante a claridade da luz do dia é produzida uma quantidade menor deste hormônio.

 

Você sabia?

 

·         A glândula pineal produz maior quantidade de melatonina nas crianças do que nos adultos. Por isso, que as crianças, no geral, necessitam dormir mais do que os adultos.

·         A palavra pineal tem origem no termo grego pinealis que significa “em forma de pinha”.