Cadeia Alimentar

Introdução

Ecossistema aquático

Ecossistema terrestre

Teia alimentar

Fluxo de energia nos ecossistemas

Pirâmides

Níveis tróficos

Fontes de pesquisa

 

Introdução

A matéria está constantemente ciclando dentro de um ecossistema, ou dito de outra forma, o que os seres vivos retiram do ambiente, eles devolvem. Tem sido assim desde do início da existência da vida da terra, até os dias de hoje.

Trata-se de um ciclo eterno. Além da matéria, a energia também passa por todos os componentes de um ecossistema, só que, no entanto, enquanto a matéria circula, a energia flui, o que significa que a energia não retorna ao ecossistema como a matéria como iremos ver na próxima seção.

Como sabemos, os ecossistemas possuem uma constante passagem de matéria e energia de um nível para outro até chegar nos decompositores, os quais reciclam parte da matéria total utilizada neste fluxo. A este percurso de matéria e energia que se inicia sempre por um produtor e termina em um decompositor, chamamos de cadeia alimentar.

Obrigatoriamente, para existir uma cadeia alimentar devem estar presentes os produtores e os decompositores. Entretanto não é só isso o que acontece na realidade, pois outros componentes estão presentes. Desta forma a melhor maneira de se estudar uma cadeia alimentar, é através do conhecimento dos seus componentes, ou seja, toda a parte viva (fatores bióticos) que a compõe. Os componentes de todas as cadeias de uma forma geral podem ser enquadrados dentro das seguintes categorias:

Produtores - São todos os seres que fabricam o seu próprio alimento, através da fotossíntese, sendo neste caso as plantas, sejam elas terrestres ou aquáticas.

Consumidores (animais) - Os animais obtem sua energia e alimentos comendo plantas ou outros animais, pois não realizam fotossíntese, sendo, portanto incapazes de fabricarem seu próprio alimento.

Decompositores - Apesar da sua importância, os decompositores nem sempre são muito fáceis de serem observados em um ecossistema, pois sendo a maioria formada por seres microscópicos, a constatação da supresença não é uma tarefa tão fácil.

Cadeia alimentar

A cada grupo de organismos com necessidades alimentares semelhantes quanto à fonte principal de alimento, chamamos de nível trófico. Em cada nível, temos um grupo de organismo com as mesmas características alimentares; isto que dizer que consumidores primários somente alimentam-se de itens de origem vegetal; consumidores secundários, por sua vez, são carnívoros assim como os terciários. Cabe ressaltarmos, no entanto, que tanto os consumidores secundários quanto os terciários podem ocasionalmente, ou complementarmente, alimentar-se de vegetais, não sendo porém este, o seu principal item alimentar.

Em um ecossistema aquático, como uma lagoa por exemplo, poderíamos estabelecer a seguinte sequência:

Ecossistema aquático

Produtores - Composto pelas plantas da margem e do fundo da lagoa e por algas microscópicas, as quais são as maiores responsáveis pela oxigenação do ambiente aquático e terrestre; à esta categoria formada pelas algas microscópicas chamamos fitoplâncton.

Consumidores primários - Composto por pequenos animais flutuantes (chamados Zooplâncton), caramujos e peixes herbívoros, todos se alimentado diretamente dos vegetais.

Consumidores secundários - São aqueles que alimentam-se do nível anterior, ou seja, peixes carnívoros, insetos, cágados, etc.,

Consumidores terciários - As aves aquáticas são o principal componente desta categoria, alimentando-se dos consumidores secundários.

Decompositores - Esta categoria não pertence nem a fauna e nem a flora, alimentando-se no entanto dos restos destes, e sendo composta por fungos e bactérias. Já em um ecossistema terrestre, teríamos.

Ecossistema terrestre

Produtores - Formado por todos os componentes fotossintetizantes, os quais produzem seu próprio alimento (autótrofos) tais como gramíneas, ervas rasteiras, liquens, arbustos, trepadeiras e árvores;

Consumidores primários - São todos os herbívoros, que no caso dos ecossistemas terrestres tratam-se de insetos, roedores, aves e ruminantes;

Consumidores secundários - Alimentam-se diretamente dos consumidores primários (herbívoros). São formados principalmente por carnívoros de pequeno porte;

Consumidores terciários - Tratam-se de consumidores de porte maior que alimentam-se dos consumidores secundários;

Decompositores - Aqui também como no caso dos ecossistemas aquáticos, esta categoria não pertence nem a fauna e nem a flora e sendo composta por fungos e bactérias.

Para um ambiente aquático, podemos exemplificar com a seguinte cadeia:

algas - caramujos - peixes carnívoros - aves aquáticas - decompositores

Por outro lado, se considerarmos um ecossistema terrestre, poderíamos exemplificar com a seguinte cadeia em um ambiente de floresta:

Folhas de uma árvore - gafanhoto - ave - jaguatirica - decompositores

Teia alimentar

Podemos notar entretanto, que a cadeia alimentar não mostra o quanto complexas são as relações tróficas em um ecossistema. Para isso utiliza-se o conceito de teia alimentar, o qual representa uma verdadeira situação encontrada em um ecossistema, ou seja, várias cadeias interligadas ocorrendo simultaneamente.

Na teia, representamos o máximo de relações tróficas existentes entre os diversos seres vivos do ecossistema e observamos que um animal, por exemplo, pode pertencer a níveis tróficos deferentes. É o caso dos onívoros (animais que se alimentam como carnívoros e hebívoros), que atacam várias presas. Os esquemas abaixo exemplificam melhor este conceito de teias alimentares:

Teias alimentares em ambiente aqúatico e terrestre

Fluxo de energia nos ecossistemas

A luz solar representa a fonte de energia externa sem a qual os ecossistemas não conseguem manter-se. A transformação (conversão) da energia luminosa para energia química, que é a única modalidade de energia utilizável pelas células de todos os componentes de um ecossistema, sejam eles produtores, consumidores ou decompositores, é feita através de um processo denominado fotossíntese. Portanto, a fotossíntese - seja realizada por vegetais ou por microorganismos - é o único processo de entrada de energia em um ecossistema.

Muitas vezes temos a impressão que a Terra recebe uma quantidade diária de luz, maior do que a que realmente precisa. De certa forma isto é verdade, uma vez que por maior que seja a eficiência nos ecossistemas, os mesmos conseguem aproveitar apenas uma pequena parte da energia radiante. Existem estimativas de que cerca de 34% da luz solar seja refletida por nuvens e poeiras; 19% seria absorvida por nuvens, ozônio e vapor de água. Do restante, ou seja 47%, que chega a superfície da terra boa parte ainda é refletida ou absorvida e transformada em calor, que pode ser responsável pela evaporação da água, no aquecimento do solo, condicionando desta forma os processos atmosféricos. A fotossíntese utiliza apenas uma pequena parcela (1 a 2%) da energia total que alcança a superfície total. É importante salientar, que os valores citados acima são valores médios e nãos específicos de alguma localidade.

Assim, as proporções podem - embora não muito - variar de acordo com as diferentes regiões do País ou mesmo do Planeta. Um aspecto importante para entendermos a transferência de energia dentro de um ecossistema é a compreensão da primeira lei fundamental da termodinâmica que diz: "A energia não pode ser criada nem destruída e sim transformada".

Como exemplo ilustrativo desta condição, pode-se citar a luz solar, a qual como fonte de energia, pode ser transformada em trabalho, calor ou alimento em função da atividade fotossintética; porém de forma alguma pode ser destruída ou criada. Outro aspecto importante é o fato de que a quantidade de energia disponível diminui à medida que é transferida de um nível trófico para outro. Assim, nos exemplos dados anteriormente de cadeias alimentares, o gafanhoto obtém, ao comer as folhas da árvore, energia química; porém, esta energia é muito menor que a energia solar recebida pela planta. Esta perda nas transferências ocorrem sucessivamente até se chegar aos decompositores.

E por que isso ocorre? A explicação para este decréscimo energético de um nível trófico para outro, é o fato de cada organismo; necessitar grande parte da energia absorvida para a manutenção das suas atividades vitais, tais como divisão celular, movimento, reprodução, etc. O esquema a seguir mostra as proporções em biomassa, de um nível trófico para outro. Podemos notar que a medida que se passa de um nível trófico para o seguinte, diminuem o número de organismos e aumenta-se o tamanho de cada um (biomassa).

Relação entre número de organismos e tamanho corpóreo em cada nível trófico de uma cadeia alimentar

O sol é responsável pela existência da vida na terra porque as suas radiações aquecem o solo, a água e o ar criando condições favoráveis a vida. A luz solar também é captada pelas algas e plantas que a utilizam na fotossíntese, assim abastecendo de energia todos os ecossistemas terrestres.

As plantas e algas convertem a energia luminosa em energia química que fica armazenada nas moléculas orgânicas. Os consumidores primários ao comerem seres fotossintetizantes aproveitam a energia contida nas moléculas orgânicas. Os consumidores secundários que comem os primários recebem das moléculas ingeridas toda a energia, tornando a transferência de energia na cadeia alimentar unidirecional e acíclica.

Parte da energia recebida por cada nível trófico é usada no metabolismo; mas uma grande parte é inaproveitada porque é eliminada na matéria orgânica que forma as fezes ou naquela que não é facilmente digerida, como a celulose. Estudando fluxos de energia é importante perceber que necessariamente toda a energia de todos os seres vivos é primordialmente vinda do sol, sendo este então o grande responsável pela existência de vida na terra.

Pirâmides

Pirâmides são formas de demonstrar através de gráficos a hierarquia de cadeias.

Biomassa: corresponde a matéria orgânica de cada nível trófico (sua pirâmide é igual a de energia já que a energia está na biomassa, assim quanto maior a biomassa, maior a energia).

Energia: corresponde a energia contida na biomassa de cada nível trófico, assim cada parte da pirâmide terá indicada a energia de um nível trófico.

Números: a largura dos níveis representam o número de representantes de cada espécie naquela cadeia alimentar; é a mais variada.

Níveis tróficos

O conjunto de indivíduos que se nutre no mesmo patamar alimentar, ou seja, alimentam-se basicamente dos mesmos nutrientes e estão colocados em um mesmo nível trófico.

Os produtores estão colocados no 1º nível trófico.

Os consumidores primários, aqueles que se alimentam dos produtores, são herbívoros e constituem o 2º nível trófico.

Os consumidores secundários compõem o 3º nível trófico, sendo os carnívoros.

Após esses existe o 4º nível trófico e assim por diante.

 

 

 

Finalizando a cadeia trófica, aparecem os decompositores, biorredutores ou sapróficas, microorganismos representados por bactérias e fungos. Tais organismos atacam os cadáveres e os excrementos, decompondo-os. São muitos importantes, visto que realizam a reciclagem matéria, devolvendo os elementos químicos ao meio ambiente.

A figura acima à direita, mostra o detalhe de dois cogumelos na serrapilheira (camada de folhas em decomposição) no solo de uma floresta. Os cogumelos são um exemplo das centenas de fungos diferentes que atuam como decompositores.

Fontes de pesquisa:

http://www.portalsaofrancisco.com.br

http://www.brasilescola.com/biologia

http://ambientes.ambientebrasil.com.br

http://www.infoescola.com

http://educar.sc.usp.br

http://www.achetudoeregiao.com.br

http://www.escolovar.org

http://www.infopedia.pt

www.maldonado.squarespace.com

www.preservacaoambiental.org.br