Vitaminas e Sais Minerais

Felipe Silva Gouveia, Kauê Richard Siqueira Vicente e Wendell Luis da Silva

 

    Vitaminas

     Vitaminas são compostos orgânicos e nutrientes essenciais de que o organismo necessita em quantidades limitadas. Um determinado composto químico orgânico é denominado vitamina quando o organismo não consegue sintetizar esse composto em quantidades suficientes, pelo que tem que ser obtido através da dieta. Assim, o termo "vitamina" dependem das circunstâncias de cada organismo específico. Por exemplo, o ácido ascórbico, uma forma de vitamina C, é uma vitamina para os seres humanos, mas não para a maior parte dos animais. A suplementação de vitaminas é importante no tratamento de alguns problemas de saúde. No entanto, há poucas evidências de benefícios nutricionais quando usadas por pessoas saudáveis.

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Cristais de ácido ascórbico, ou vitamina C

    Por convenção, o termo "vitamina" não inclui nem outros nutrientes essenciais, como os sais minerais, ácidos gordos essenciais ou aminoácidos essenciais (que são necessários em maior quantidade do que as vitaminas), nem o grande número de outros nutrientes que promovem a saúde, mas são necessários em menor frequência para manter a saúde do organismo. Atualmente são reconhecidas treze vitaminas. As vitaminas são classificadas de acordo com a sua atividade biológica e química, e não pela sua estrutura. Assim, cada vitamina refere-se a uma série de compostos vitâmeros que mostram a atividade biológica associada a uma determinada vitamina. Cada conjunto destes compostos químicos é agrupado num título de descritor genérico ao qual é atribuída uma letra. Por exemplo, a vitamina A inclui os compostos retinal, retinol e quatro carotenoides conhecidos. Estes vitâmeros são convertidos para a forma ativa da vitamina no corpo e, por vezes, são conversíveis entre si.

    As vitaminas têm várias funções bioquímicas. Algumas, como a vitamina D, têm funções semelhantes às hormonas enquanto reguladoras do metabolismo mineral, do crescimento celular e diferenciação dos tecidos. Outras, como a vitamina E ou a C, atuam como antioxidantes. As vitaminas do complexo B, o maior grupo de vitaminas, funcionam como precursoras dos cofatores enzimáticos, que ajudam as enzimas na sua função de catálise metabólica. Nesta função, as vitaminas podem ligar-se firmemente às enzimas como parte de grupos prostéticos. Por exemplo, a biotina faz parte das enzimas envolvidas na produção de ácidos gordos. Também se podem ligar de forma menos firme a catalisadores enzimáticos como as coenzimas – moléculas desvinculáveis que transportam grupos químicos ou eletrões entre moléculas. Por exemplo, o ácido fólico pode transportar nas células os grupos metil, aldeído e metileno. Embora estas funções na assistência de reações enzimáticas sejam as mais conhecidas, as outras funções são igualmente importantes.

    Até ao século XX as vitaminas eram obtidas exclusivamente a partir dos alimentos. As estações de cultivo tinham um impacto profundo na dieta e geralmente alteravam de forma significativa o tipo e quantidade de vitaminas ingeridas. Na década de 1930 começaram a ser comercializados os primeiros suplementos de vitaminas D e C. Na segunda metade do século passaram a estar amplamente disponíveis suplementos multivitamínicos sintéticos e acessíveis. O estudo da atividade estrutural, função e papel na saúde das vitaminas é denominado vitaminologia. 

    Classificação das vitaminas

    As vitaminas são classificadas como hidrossolúveis ou lipossolúveis, dependendo se se dissolvem na água ou em lípidos. Nos seres humanos existem 13 vitaminas, das quais quatro são lipossolúveis (A, D, E e K) e nove são hidrossolúveis (as 8 vitaminas B e a vitamina C). As vitaminas hidrossolúveis dissolvem-se facilmente na água e, em geral, são rapidamente excretadas pelo corpo, ao ponto de o débito urinário ser um indicador do consumo de vitaminas. No entanto, uma vez que estas proteínas não são armazenadas com facilidade, é importante que sejam ingeridas de forma consistente. Muitos tipos de vitaminas hidrossolúveis são sintetizadas por bactérias. As vitaminas lipossolúveis são absorvidas no trato intestinal com a ajuda de lípidos. Estas vitaminas são mais facilmente armazenadas no corpo, pelo que é mais provável causarem hipervitaminose do que as proteínas hidrossolúveis.

  Vitamina A

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     A cenoura, por exemplo, é rica em betacaroteno, substância a partir da qual o organismo produz retinol, uma forma ativa de vitamina A.

    A vitamina A é importante no crescimento, pois forma ossos e dentes, melhora a pele e o cabelo, protege os aparelhos respiratório, digestivo e urinário e também é importante para a visão.

    Outras fontes de vitamina A: leite integral, queijo, manteiga, gema de ovo, pimentão, mamão, abóbora e verduras em geral.

 

Vitaminas do complexo B

    Formam um conjunto de vitaminas que têm, entre si, propriedades semelhantes.

    A banana contém vitamina B6, que produz energia a partir dos nutrientes, ajuda a formar hemácias (glóbulos vermelhos do sangue) e anticorpos, é útil para os sistemas nervoso e digestivo e boa para a pele. Outras fontes de vitaminas do complexo B: cereais integrais, leguminosas (feijão, soja, grão-de-bico, lentilha, ervilha etc.), alho, cebola, miúdos (moela, coração etc.), peixes, crustáceos, ovos e leite.

    A vitamina B12, por exemplo, participa da formação de material genético nas células, essencial à formação de novas células, como hemácias e leucócitos. A vitamina B12, só é encontrada em alimentos de origem animal. Os vegetarianos precisam, portanto, de suplementação desta vitamina. As carnes magras, aves e peixes contêm niacina, que ajuda a produzir energia a partir das gorduras e carboidratos e auxilia também o sistema nervoso e o aparelho digestivo, e vitamina B1, que ajuda na produção de energia, principalmente a necessária aos nervos e músculos, inclusive o coração.

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Fontes de vitamina B1

Fontes de vitamina B2

Fontes de vitamina B3

Fontes de vitamina B12

Vitamina C

    Tomate, laranja, acerola, limão e goiaba são ricos em vitamina C. O ideal é comer esses alimentos crus. A vitamina C preserva ossos, dentes, gengivas e vasos sanguíneos, aumenta a absorção de ferro, ajuda o sistema imunológico e aumenta a cicatrização.

    A falta de vitamina C pode causar alguns distúrbios, tais como: anemia, inflamação das mucosas, enfraquecimento dos vasos capilares sanguíneos, podendo ocorrer sangramento em diversas partes do corpo. Todos esses são sintomas de uma doença que é denominada escorbuto. Outras fontes de vitamina C: abacaxi, caju, mamão, manga, couve-flor e espinafre.

     Outras fontes de vitamina C: abacaxi, caju, mamão, manga, couve-flor e espinafre.

Vitamina D

    As vitaminas também estão presentes nos alimentos de origem animal, como leite e ovos são ricos em vitamina D (sintetizada pelo próprio organismo, mas que depende do sol para se tornar vitamina D). Esta vitamina é fundamental no fortalecimento dos ossos e dentes e ajuda na coagulação do sangue.

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Vitamina K

    Entre os alimentos fontes de vitamina K, podemos citar: fígado, óleo de fígado de bacalhau, frutas e verduras como acelga,  repolho, couve e alface.

Vitamina E

    Retarda o envelhecimento das células e contribui para a formação de novas hemácias, impedindo sua destruição no sangue.

    As verduras e legumes são ricos em vários tipos de vitaminas, mas especialmente o ácido  fólico, que é uma das vitaminas do complexo B. Ele colabora na produção de material genético dentro das células e mantêm saudável o  sistema nervoso. As verduras, assim como queijos, ovos e leite, também são ricas em vitamina B2 ou riboflavina. A riboflavina estimula a liberação de energia dos nutrientes, ajuda na produção de hormônios e mantêm saudáveis as mucosas.

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    Doenças causadas pela falta de vitaminas

    Algumas doenças que são provocadas pela falta de vitaminas e minerais podem ser:

    Cegueira noturna

    A cegueira noturna, também chamada de Xeroftalmia, é uma doença que frequentemente está relacionada a má alimentação. Ela é causada pela deficiência de vitamina A, mas também pode ser causada pela toma de medicamentos ou pelo mal uso de lentes de contato.

    Esse problema é muito mais comum em mulheres e tende a aumentar durante a menopausa, mas não se sabe exatamente o porquê.

    A xeroftalmia é um processo que acontece quando há deficiência na produção de lágrimas, suficientes para manter a umidade do olho, deixando-o irritado e vermelho.

    Pelagra

    A pelagra é uma doença nutricional que se caracteriza pela deficiência de niacina (vitamina B3) e triptofano, um aminoácido essencial. Não é uma doença comum de ser vista, mas é mais comum entre idosos, alcoólatras e pessoas desnutridas.

    O triptofano é um aminoácido essencial que, nos tecidos dos mamíferos, pode ser transformado em niacina suprindo então sua carência. A niacina é muito importante para o metabolismo celular, pois compõe coenzimas importantes na respiração celular. Essas coenzimas também participam da formação de hormônios; no metabolismo de carboidratos, aminoácidos e lipídios; na conversão do ácido lático em ácido pirúvico; e nas reações que produzem energia para a célula. Quando há carência de niacina, a célula não funciona muito bem e isso afeta primeiramente os tecidos que possuem alta demanda energética, como o cérebro, ou tecidos que necessitam de uma divisão celular intensa, como pele e mucosas. Por esse motivo, esses são os principais órgãos afetados nessa doença.

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Cegueira noturna

 Pelagra

    Raquitismo

    Raquitismo é uma condição que afeta o desenvolvimento dos ossos em crianças. Isso faz com que os ossos se tornem suaves e fracos, o que pode levar a deformidades ósseas.

    Raquitismo em adultos é conhecido como osteomalacia ou ossos moles.

    A causa mais comum de raquitismo é a falta de vitamina D e cálcio. A vitamina D é obtida em grande parte a partir da exposição da pele à luz solar, mas também é encontrado em alguns alimentos, tais como óleo de peixe e ovos. Já o cálcio é encontrado em alimentos como leite e seus derivados.

    Em casos raros, a criança pode nascer com uma forma genética de raquitismo. Pode também desenvolver-se a partir de outra condição que afeta o modo como as vitaminas e os minerais são absorvidos pelo organismo.

    Obesidade

    A obesidade é o acúmulo de gordura no corpo causado quase sempre por um consumo excessivo de calorias na alimentação, superior ao valor usada pelo organismo para sua manutenção e realização das atividades do dia a dia. Ou seja: a obesidade acontece quando a ingestão alimentar é maior que o gasto energético correspondente.

    A falta de vitamina D pode acarretar diversos problemas para a saúde, sendo que um deles pouca gente imagina: o aumento do peso. Isso porque a escassez dessa substância altera a produção de insulina, hormônio responsável pela redução da taxa de glicose no sangue e ingresso de glicose nas células – a queda brusca da glicemia é um dos principais estímulos para o aumento do apetite.

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Obesidade

Raquitismo

      Distúrbios metabólicos

    Anemia

     Anemia é definida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como a condição na qual o conteúdo de hemoglobina no sangue está abaixo do normal como resultado da carência de um ou mais nutrientes essenciais, seja qual for a causa dessa deficiência. As anemias podem ser causadas por deficiência de vários nutrientes como ferro, zinco, vitamina B12 e proteínas.

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Anemia

    Porém, a anemia causada por deficiência de ferro, denominada Anemia Ferropriva, é muito mais comum que as demais (estima-se que 90% das anemias sejam causadas por carência de Ferro). O ferro é um nutriente essencial para a vida e atua principalmente na síntese (fabricação) das células vermelhas do sangue e no transporte do oxigênio para todas as células do corpo.

    Crianças, gestantes, lactantes (mulheres que estão amamentando), meninas adolescentes e mulheres adultas em fase de reprodução são os grupos mais afetados pela anemia, muito embora homens - adolescentes e adultos - e os idosos também possam ser afetados pela anemia.

     Para combater essas doenças, o melhor é a prevenção através de uma alimentação variada com consumo de carnes, peixe, hortaliças, legumes e frutas.

    Sintomas de falta de vitaminas

    Os sintomas de falta de vitaminas no organismo são muito variados porque dependem da vitamina que falta, mas também da intensidade da carência vitamínica. Alguns dos sinais e sintomas mais típicos de avitaminose podem ser:

    Para diagnosticar doenças ligadas a avitaminoses, além dos sintomas e história clínica do paciente, existem exames clínicos para se determinar exatamente qual é a vitamina em falta no organismo que está causando a doença.

    O que causa falta de vitaminas

    A falta de vitaminas pode ser causada pela ingestão de uma alimentação pouco variada, como no caso de pessoas que não gostam de comer muitas frutas ou verduras, que são os alimentos fonte de vitaminas, chamados alimentos reguladores, que mantêm o bom funcionamento do organismo e previnem o desenvolvimento de algumas doenças que podem ser consequência da avitaminose.

    Outra das possíveis causas da falta de vitamina no organismo pode ser a deficiência na absorção dos nutrientes. Neste caso, apesar de haver ingestão de alimentos fonte de vitaminas, o organismo não é capaz de absorver e o corpo entra em avitaminose. Por exemplo no caso de pessoas que consomem muitos laxantes ou que consomem muitas fibras, que não permitem que o as bactérias do intestino fermentem devidamente o bolo fecal e absorvam as vitaminas.

    Algumas vezes a deficiência digestiva pela falta de determinadas enzimas também pode causar avitaminose, sendo por isso muito importante que um profissional de saúde especializado avalie a origem da avitaminose.

    A Importância dos sais minerais

    Marcus Ávila - Setor de Nutrição do Instituto Mineiro de Endocrinologia

 

    Os minerais são nutrientes com função plástica e reguladora do organismo. Eles são tão importantes quanto às vitaminas e, sem eles, o nosso organismo não realiza, de forma eficaz, as funções metabólicas. Dos 28 minerais existentes, apenas 12 são essenciais e podem ser divididos em dois grupos, de acordo com a sua necessidade diária:

    Macrominerais: são aqueles cuja necessidade diária é maior que 100 mg. Suas funções principais estão ligadas à estrutura e formação dos ossos, regulação dos flúidos corporais e secreções digestivas. Ex: cálcio, fósforo, magnésio, cloreto, sódio e potássio.


    Microminerais ou elementos traço: são aqueles que possuem necessidade inferior a 100 mg por dia, como é o caso do ferro, zinco, selênio, cobre, iodo e manganês. As funções destes minerais estão relacionadas à reações bioquímicas, ao sistema imunológico e ação antioxidante.

 

    Macrominerais

    Cálcio: é o mineral mais abundante no organismo. Cerca de 99% está presente nos ossos e dentes, o restante se encontra nos tecidos. Ele atua em equilíbrio com o fósforo e é fundamental para a manutenção do tecido ósseo. Participa da regulação da pressão arterial, coagulação sanguínea, contração muscular, secreção hormonal, transmissão nervosa e, junto com o fósforo, formam a estrutura de várias enzimas. É um mineral bem distribuído entre alimentos de origem animal e vegetal, no entanto, o cálcio de fontes vegetais sofre a ação de substâncias como o oxalato e o fitato que, reduzem sua absorção, sendo o cálcio de fontes animais mais prontamente disponível.
    Para que haja a absorção do cálcio, é primordial que haja também a presença da vitamina D.
    Carência: deformação óssea, osteoporose, fraturas, fraqueza muscular.
    Excesso: cálculo renal, insuficiência renal.
    Fontes: leites e derivados, cereais integrais, castanhas, soja e derivados, vegetais verde-escuros.

    Fósforo: assim como o cálcio, é vital para a construção de ossos e dentes fortes. Compõe a estrutura das células e é importante em muitas reações bioquímicas, como no metabolismo energético. As quantidades de fósforo e cálcio precisam estar em equilíbrio entre si para que exerçam suas funções.
Carência: não ocorre em situações normais já que é encontrado na maioria dos alimentos, mas, em casos isolados, sua carência pode causar fraturas e atrofia muscular.
    Excesso: interfere na absorção do cálcio, aumenta a porosidade dos ossos.
    Fontes: leites e derivados, cereais integrais, leguminosas, carnes, (refrigerantes).

    Magnésio: participa na formação dos ossos e dentes, é fundamental na contração e relaxamento muscular, participa ainda do sistema imunológico, na formação de anticorpos e na ativação de diversas enzimas.
    Carência: fraqueza, hipertensão, aumento da sensibilidade térmica.
    Excesso: não são comuns efeitos adversos, mas pode causar diarréia.
    Fontes: leites e derivados, castanhas, vegetais verde-escuros, frutas cítricas, chocolate amargo.

    Cloreto: importante mineral envolvido no processo digestivo. É necessário para a produção de suco gástrico e enzimas. Normalmente encontra-se em equilíbrio com o sódio e o potássio.

    Carência: -
    Excesso: -
    Fontes: sal de cozinha, alimentos processados, fontes de sódio e de potássio.

    Sódio: juntamente com o potássio regula o equilíbrio hídrico do organismo. Influencia a condução dos impulsos nervosos, contrações musculares e pressão arterial.
    Carência: câimbras, desidratação, tonturas e hipotensão arterial.
    Excesso: pressão alta, ataque cardíaco, aumento da perda de cálcio.
    Fontes: sal de cozinha, alimentos processados, carnes defumadas, etc.

    Potássio: associado com o sódio, atua no balanço hídrico do organismo, transporta corrente elétrica, atua na transmissão de impulsos nervosos, mantém a frequência cardíaca e pressão arterial normais.
    Carência: reduz a atividade muscular, inclusive do miocárdio.
    Excesso: -
    Fontes: frutas, verduras, leite e derivados.
 

Cálcio

Fósforo

Magnésio

Cloreto e Sódio

Potássio


    Microminerais ou elementos traço

    Ferro: é um dos componentes da hemoglobina dos glóbulos vermelhos. É essencial para o transporte de oxigênio para o corpo. Apesar de suas exigências serem pequenas é muito importante o consumo de alimentos fonte, lembrando que as mulheres necessitam, em média, duas vezes mais ferro na dieta do que os homens. É um mineral amplamente distribuído entre fontes animais e vegetais, mas existem diferenças na disponibilidade de ambos. O ferro de origem animal, conhecido como ferro-heme, é absorvido de forma mais fácil que o ferro não-heme. O não-heme depende da presença na dieta da vitamina C para uma melhor absorção.
    Carência: quantidade reduzida de oxigênio para os tecidos, anemia, fadiga.
    Excesso: é tóxico em grandes quantidades; provoca distúrbios gastrintestinais.
    Fontes: carnes, miúdos, gema de ovos, leguminosas e cereais integrais.

    Zinco: é vital para o crescimento e desenvolvimento do organismo. Regula o desenvolvimento sexual, a produção de insulina, o sistema imune e ação antioxidante.
    Carência: não é comum em jovens, mas acontece em idosos. Afeta o crescimento normal, deprime o sistema imunológico, baixa a libido, reduz a produção de esperma, perda do paladar e do olfato.
    Excesso: reduz a absorção e quantidade de cobre no organismo.
    Fontes: carnes, frutos do mar, ovos, leguminosas e castanhas.

    Selênio: age em conjunto com a vitamina E como um potente antioxidante, combatendo a atividade dos radicais livres. Tem ação de proteção contra o câncer e é essencial para a função normal da tireóide.
    Carência: é rara, mas pode contribuir para doenças cardíacas, disfunção da tireóide e depressão do sistema imune.
    Excesso: é o mineral mais tóxico dos presentes na dieta. A ingestão de doses altas promove a perda de cabelo, unhas e dentes.
    Fontes: castanhas, miúdos, frutos do mar e cereais integrais.

    Cobre: é necessário para a formação da hemoglobina e de enzimas que participam do metabolismo do ferro. Possui ainda ação antioxidante.
    Carência: diminui a absorção do ferro pelo organismo.
    Excesso: é danoso para o fígado e pode causar diarréia.
    Fontes: miúdos, frutos do mar, cereais integrais e vegetais verde-escuros.

    Iodo: é utilizado na formação dos hormônios da tireóide, necessário na regulação do crescimento e desenvolvimento do corpo.
    Carência: pode resultar em bócio.
    Excesso: aumenta a concentração do TSH (hormônio estimulante da tireóide).
    Fontes: sal iodado, produtos marinhos.

    Manganês: é importante para a produção de algumas enzimas, participa da formação de ossos e tendões e possui ação antioxidante.
    Carência: é extremamente rara.
    Excesso: neurotoxicidade
    Fontes: Cereais integrais, castanhas e frutas.

Ferro e Zinco

Selênio

Cobre

Iodo

Manganês

    Outros elementos:
    Ainda existem outros elementos como o silício, boro, vanádio, estanho, ouro, arsênico, níquel, lítio, germânio, etc, que podem participar de algumas funções metabólicas no organismo. Embora, não se saiba exatamente como isto acontece. Estes outros elementos não são considerados essenciais.

    Funções gerais dos minerais:
    Estrutura óssea e dentária;
    Regulamento do balanço hídrico, ácido-base e pressão osmótica;
    Excitabilidade do nervo, contração muscular, transporte;
    Sistema imune, antioxidante.