Biomas Brasileiros

Professor Ivan Tavares Scotelari de Souza

 

 

Resumo

    São regiões que compreendem grandes ecossistemas constituídos por uma comunidade biológica com características semelhantes. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil possui seis biomas:

O que é um Ecossistema e um Bioma


    Quando se fala em ecossistemas e biomas, tratamos de conjuntos. Embora distintos nos seus elementos e abrangência, podem se sobrepor, interceder e se completar.

    Um ecossistema é um conjunto formado pelas interações entre componentes bióticos, como os organismos vivos: plantas, animais e micróbios, e os componentes abióticos, elementos químicos e físicos, como o ar, a água, o solo e minerais. Estes componentes interagem através das transferências de energia dos organismos vivos entre si e entre estes e os demais elementos de seu ambiente.

    Como são definidos pela rede de interações entre organismos, e entre os organismos e seu ambiente, ecossistemas podem ter qualquer tamanho. Como é difícil determinar os limites de um ecossistema, convenciona-se adotar distinções para a compreensão e possibilidade de investigação científica. Assim, temos, inicialmente, uma separação entre os meios aquáticos e terrestres. Então, ecossistemas aquáticos serão os lagos, naturais ou artificiais (represas), os mangues, os rios, mares e oceanos. Os ecossistemas terrestres serão as florestas, as dunas, os desertos, as tundras, as montanhas, as pradarias e pastagens.

    O bioma, na definição do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é o “conjunto de vida (vegetal e animal) definida pelo agrupamento de tipos de vegetação contíguos e identificáveis em escala regional, com condições geoclimáticas similares e história compartilhada de mudanças, resultando em uma diversidade biológica própria”. Em outras palavras, ele pode ser definido como uma grande área de vida formada por um complexo de ecossistemas com características homogêneas.

    Muitas vezes, o termo “bioma” é utilizado como sinônimo de “ecossistema” mas, diferente do ecossistema, à classificação de bioma interessa mais o meio físico (a fisionomia da área, principalmente da vegetação) que as interações que nele ocorrem. O perfil do local e a dimensão também importam na classificação: um ecossistema qualquer só será considerado um bioma se suas dimensões forem de grande escala.
Por exemplo, existe o bioma da Mata Atlântica e, dentro dele, ecossistemas como a floresta ombrófila densa, a mata de araucária, os campos de altitude, a restinga e os manguezais.

    Um bioma é definido por um tipo principal de vegetação (embora num mesmo bioma possam existir diversos tipos de vegetação) e também de animais típicos, embora estes não influam tanto na definição.

    Em resumo:

    Os termos bioma e ecossistema são complementares, mas não são a mesma coisa.

    De modo geral podemos dizer que o bioma é a maior unidade ecológica, de maior abrangência geográfica, caracterizada por um tipo de vegetação dominante.

    Enquanto que o ecossistema é uma unidade ecológica de menor dimensão, que considera as inter-relações entre seres vivos.


Bioma Mata Atlântica

    A Mata Atlântica é uma floresta tropical que se estende pela faixa litorânea do país, passando por dezessete estados brasileiros e é um dos biomas brasileiros com o maior número de espécies.

    Na época do descobrimento do Brasil, esse bioma recobria, em média, 12% do território nacional, mas, devido às frequentes devastações que sofre até hoje, restam apenas cerca de 5% da cobertura original da Mata Atlântica.

    Atualmente, 70% da população humana brasileira habita a área originalmente ocupada por esse bioma, e nela também estão as maiores cidades e polos industriais do país.

    A Mata Atlântica tem muitas características em comum com a Floresta Amazônica, como a densa vegetação em que predominam as árvores de grande porte, cipós e epífitas.

    A Mata Atlântica sofre influência oceânica e está parcialmente localizada em terreno montanhoso. Os ventos que vêm do Oceano Atlântico carregados de umidade são barrados pelo relevo na zona costeira, ocasionando grande precipitação na região.

    Entre os animais que vivem nesse bioma destacam-se: bugio, micos-leões, saguis, caxinguelê, onça-pintada, jaguatirica, preguiça-de-coleira, queixada (porco-do-mato), quati, anta, macuco, jacutinga, beija-flores, tiê-sangue, araras, papagaios, tucanos, periquitos, cigarras, sapos, borboletas e uma imensa variedade de outros animais.

    Ocorrem nesse bioma muitas bromélias, orquídeas, musgos, líquens, begônias e lianas (cipós), além de árvores como o pau-brasil, quaresmeiras, jacarandá, jambolão, cedro, jatobá, jequitibá, figueira, maçaranduba, pacová, Embaúba ou imbaúva e palmeiras como o palmito-juçara.

    O pau-brasil é espécie nativa desse bioma e foi intensamente retirado durante o início da colonização do Brasil, levando à quase extinção da espécie.

    A Mata Atlântica também é o habitat das samambaias arborescentes, conhecidas como samambaiaçus ou xaxins, espécie ameaçadas de extinção devido à grande exploração da planta para obtenção do xaxim. Atualmente, a retirada de samambaiaçu da mata é proibida.

    Uma parte da Mata Atlântica é constituída pela Mata de Araucárias, que já foi considerada um bioma independente, mas que atualmente é tratada como pertencente ao bioma Mata Atlântica.

    Ameaças a Mata Atlântica

    Desde o tempo do descobrimento a Mata Atlântica vem sofrendo com a exploração de seus recursos naturais. Esse bioma já sofreu com vários ciclo econômicos. O primeiro deles começou com a extração massiva do pau-brasil, espécie ameaçada hoje em dia e que na época era muito valorizada pela capacidade de produzir pigmentos para tingir tecidos.

    O ciclo do ouro e da cana de açúcar exerceram grande pressão, tanto no desmatamento para substituir a mata nativa por fazendas e cidades. Atualmente o agronegócio representa grande perigo para esse bioma.

    Se compararmos a Mata Atlântica do período do descobrimento até os dias atuais percebemos de se trata de um bioma praticamente irreconhecível.

    A Mata Atlântica é o bioma mais ameaçado do Brasil. Várias espécies foram extintas. Muitas correm sério risco de desaparecer. O crescimento urbano desordenado, o avanço do agronegócio, a produção de lixo e poluição, e a fragmentação da floresta tornam a vida para diversas espécies muito mais difíceis.

O Bioma Floresta Amazônica

    A Floresta Amazônica é a maior floresta tropical do planeta, estendendo-se por nove países da América do Sul. É no Brasil que a maior parte da floresta está localizada, distribuindo-se por nove estados recobrindo cerca de 40% do território nacional. A floresta amazônica é com certeza um dos biomas brasileiros mais conhecido do mundo.

    A diversidade de seres vivos na região da floresta Amazônia, é imensa. O clima é quente e úmido, com umidade elevada durante todo o ano, o que favorece a sobrevivência da cobertura vegetal com árvores de grande porte e folhas sempre verdes. Existem muitas árvores de grande porte, com mais de 20 m de altura.

    Há também a vegetação encontrada nas margens dos rios, formando as matas de igapó. As árvores dos igapós não possuem porte tão grande, mas apresentam adaptações que lhes permitem viver em terrenos alagados.

    Durante a época em que os riachos, ou igarapés, estão mais cheios, essa vegetação fica em parte inundada.

    Os igapós também vivem plantas que flutuam na água, como a vitória-régia. As folhas circulares da vitória-régia podem atingir mais de 2 metros de diâmetro. Elas são flutuantes, mas se mantêm presas por um pedicelo a um caule subterrâneo.

    A organização da biosfera em biomas é uma estratégia que ajuda os cientistas a estudar e a compreender a diversidade de ecossistemas existentes em uma área, assim como os fatores que influenciam a existência de determinado bioma em regiões do planeta.

    Nas regiões polares, por exemplo, a incidência dos raios solares é muito diferente do que nas regiões tropicais da Terra, e esse fato tem consequências no clima, no tipo de vegetação, nos animais que vivem em cada ambiente.

    O Brasil é um país de grande extensão territorial e está submetido a diversas condições climáticas. Essa variedade de climas favorece também o desenvolvimento de grande diversidade de ambientes e de seres vivos.

    Existem biomas muito diferentes dos que ocorrem no Brasil. Eles estão relacionados a diferentes condições de clima, de solo e outros fatores abióticos, além de apresentarem diferentes tipos de vegetação predominante.

    Muitas nações indígenas vivem há gerações na Floresta Amazônica. Muitos conhecimentos a respeito das plantas e de animais amazônicos têm origem no contato dos povos indígenas com o seu território, a floresta.

    Entre as plantas utilizadas pelo ser humano como fonte de alimento, podemos citar a castanheira, o guaranazeiro, o cupuaçuzeiro e as palmeiras.

    Elas fornecem frutos como o açaí, a bacaba, o tucumã-do-pará e o inajá. Existem ainda, muitas plantas medicinais na Amazônia, como a andiroba, a carapanaúba e a copaíba.

    A Floresta Amazônica também apresenta plantas que geram outro tipo de interesse comercial, como a seringueira, de onde se extrai o látex utilizado na fabricação de borracha, e as grandes árvores exploradas como fonte de madeira, entre elas o angelim, o mogno e a sumaúma, esta última conhecida como “o gigante da Amazônia”.

    Tal interesse comercial gerou, desde a época da colonização do Brasil, intensa exploração e devastação da floresta. Nas últimas décadas, no en-tanto, muitas pessoas têm se mobilizado para diminuir a destruição desse bioma, formando movimentos ambientalistas.

A Bacia Hidrográfica Amazônica

    A bacia hidrográfica da Amazônia é a maior do mundo. Por toda sua extensão existe uma enorme quantidade de rios, lagos, lagoas e igarapés (pequenos rios) que recebem água do degelo dos Andes, da região das Guianas e da região central do Brasil.

    A Bacia Amazônica contém 20% de toda a água doce do planeta. O Rio Negro é um dos três maiores rios do mundo, sendo que passam mais águas por seu leito do que em todos os rios da Europa. Seu volume d’água perde somente para o rio Amazonas (o qual ele próprio ajuda a formar) e é o rio de águas pretas maior do mundo. O Amazonas é o principal rio da Bacia Amazônica e o maior rio do mundo em volume de água. Recebe vários afluentes, despejando enorme quantidade de água no Oceano Atlântico: em média, 175 milhões de litros por segundo.

    Em 2008, técnicos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) confirmaram que o Rio Amazonas é também o maior rio do mundo em comprimento, com 6 992 quilômetros de extensão.

    O Rio Amazonas recebeu esse nome, em 1532, do viajante espanhol Francisco Orellana, que percorreu toda a sua extensão.

    Em Orellana, ao passar pela região do Rio Trombetas – um dos afluentes da margem esquerda do Amazonas que se situa no estado do Pará foi surpreendido por índias guerreiras, a quem deu o nome de Amazonas, por lembrarem as antigas guerreiras da mitologia grega.

O Bioma Cerrado

    O Cerrado é o segundo maior bioma do Brasil em extensão, ocupando aproximadamente 25% do território nacional.

    Ocorre principalmente nos estados de Goiás, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul, mas é encontrado também em outros estados, como Mato Grosso, Piauí, Maranhão, Bahia e Tocantins.

    Esse bioma é caracterizado por uma estação seca rigorosa e clima quente ao longo do ano. A maioria das árvores tem pequeno porte, muitas delas com troncos retorcidos. Entre elas crescem arbustos e capim.

    O bioma Cerrado compreende diversos ecossistemas. Há ambientes em que predomina a vegetação rasteira, como os campos rupestres, e ambientes de mata, com predomínio de árvores, como o cerradão.

    Vamos citar alguns exemplos da grande diversidade de seres vivos do Cerrado.

    Entre os animais, destacam-se o lobo-guará (guará), o tatu-canastra, o tamanduá-bandeira, o veado-campeiro, a cotia, a paca, o porco-do-mato, o jaguar, a jaguatirica, a onça, a anta, a ema (a maior ave das Américas), a seriema, a arara-azul, muitas espécies de anfíbios anuros, serpentes e lagartos, além de muitos insetos.

lobo-guará (guará)

    Entre as plantas, barbatimão, ipê-amarelo-do-cerrado, sucupira, buriti, indaiá, gabiroba, capim-flecha, tamarindo, jatobá, cagaita, catuaba, fruta-de-lobo e pequi são exemplos de espécies vegetais comuns nesse bioma.

    Como adaptação ao clima seco, a casca das árvores é espessa e as folhas são grossas, o que diminui a perda de água por transpiração pelas folhas e favorece a sobrevivência da planta. Na época da seca, há também plantas que ficam sem folhas.

    O bioma Cerrado caracteriza-se também pelas arvores retorcidas dependendo da região, queimadas que ocorrem naturalmente na época da seca.

    Muitas plantas do Cerrado apresentam adaptações relacionadas à sobrevivência ao fogo. Isso indica que o fogo é um fator abiótico importante no Cerrado há muitos milhares de anos.

    O tronco retorcido de muitas árvores, por exemplo, surge após o fogo, quando parte do tronco é queimada; a árvore volta a crescer da parte restante, mas pode crescer em outra direção, resultando o aspecto retorcido.

    Atualmente, o Cerrado convive com queimadas intensas com grande frequência. Isso porque a maioria dos incêndios nesse bioma não é natural, mas provocada por atividades humanas.

    A queimada de campos para lavouras e até pontas de cigarro acesas causam o fogo, em um ritmo que prejudica a sobrevivência de plantas e animais e ameaça a preservação desse bioma.

    O crescente desaparecimento da vegetação do Cerrado coloca em risco também outras regiões brasileiras. Isso porque muitos rios brasileiros nascem nas áreas mais elevada: do Planalto Central, onde se localiza o bioma Cerrado.

    Esses rios abastecem outros rios, como os da bacia do Prata do São Francisco e do Amazonas. Assim, a devastação do bioma Cerrado gera impactos em outros biomas.

    Muitos dos seres vivos encontrados no Cerrado estão ameaçados de extinção, e muitas espécies são encontradas apenas nesse bioma.

Bioma Pantanal

    O Pantanal é a maior planície alagável do planeta e abrange os estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, estendendo-se pelos países da Bolívia e do Paraguai.

    Embora seja o mais conservado dos biomas brasileiros, ultimamente o Pantanal vem sendo ameaçado pelos interesses econômicos de pessoas e de grupos empresariais.

    O Pantanal ocorre em região plana, banhada pelo Rio Paraguai e seus afluentes: Cuiabá, Aquidauana, Miranda e Negro. Nos meses de cheia, de outubro a abril, os rios transbordam e inundam extensas áreas.

    Mas essa inundação é lenta, por isso, os animais têm tempo de migrar para terrenos mais elevados. Parte da vegetação alagada morre e a matéria orgânica formada na decomposição serve de alimento para vários animais, principalmente peixes.

    Nos meses de seca, de maio a setembro, baixa o nível das águas, deixando nutrientes que fertilizam os solos. A vegetação cresce novamente nas áreas antes alagadas, reiniciando o ciclo.

    A fauna do Pantanal é muito rica. O número de espécies é proporcionalmente menor que o da Amazônia, mas o número de indivíduos por população é maior.

    Nesse bioma vivem aproximadamente 650 espécies de aves, como o tuiuiú, a garça, o biguá, a biguatinga, as corujas, as araras e a arara-azul.

    Existem muitas espécies de peixes em rios do Pantanal. Entre eles estão o dourado, a piranha, o pacu, o curimbatá, a piraputanga (pirapitanga).

    Os répteis, como jacarés, sucuri, jararaca, também são abundantes nesse ecossistema. A abundância das águas atrai mamíferos aquáticos, como a lontra.
Muitos outros mamíferos podem ser observados: anta, cervo-do-pantanal, capivara, onça-pintada, entre outros.

    A flora do Pantanal está representada principalmente por carandá, buriti, manduvi, aromita ou esponja, castelo ou pau-branco e piri, entre outros.

Bioma Caatinga

    A Caatinga ocorre na região Nordeste do Brasil e ocupa cerca de 11% do território nacional. A vegetação da Caatinga apresenta adaptações ao clima seco, característico do Sertão Nordestino.

    Essa vegetação ora se apresenta como uma floresta de árvores de pequeno porte e geralmente com caules retorcidos, ora como uma escassa vegetação rasteira.

    A alternância de uma curta estação chuvosa com uma prolongada estação seca é, característica do clima semiárido do Sertão Nordestino e, explica a transformação da Caatinga durante o ano.

    No período das chuvas, a Caatinga se apresenta verde; árvores e arbustos cobrem-se de folhas e flores; as gramíneas brotam e crescem rapidamente.

    Muitos rios que estavam secos voltam a ter curso de água. Na estiagem, período da seca, árvores e arbustos secam, folhas caem, gramíneas desaparecem. A Caatinga assume, então, a coloração pardo-acinzentada.

    A palavra caatinga tem origem tupi e significa mata branca. (caa = mata / tinga = branca)

    Os indígenas deram esse nome à mata porque nos períodos de seca algumas plantas perdem as folhas, tornando-se realmente esbranquiçadas (pardo-acinzentadas).

    A maior fonte de água na Caatinga é a chuva, que, em geral, é pouca e não se distribui regularmente pela região. As plantas e os animais desse bioma possuem adaptações que lhes permitem a sobrevivência nessas condições.

    O ser humano, para tentar solucionar o problema do abastecimento de água durante a estação seca, desenvolveu reservatórios conhecidos por açudes, que podem ser de grande, médio ou pequeno porte.

    Durante os meses de chuva, os açudes ficam cheios de água. Como as épocas de seca são prolongadas e a temperatura é elevada, os açudes perdem muita água por evaporação, de tal forma que açudes pequenos e médios podem ficar totalmente secos ou com um pequeno volume de água imprópria para o uso devido à alta concentração de sal (que não evapora).

    Outra solução que vem sendo desenvolvida é a construção de cisternas, que reservam a água da chuva e podem ser tratadas e cuidadas pelas próprias famílias.

Caracará ou carcará (gavião)

    A vegetação da Caatinga é composta por espécies que possuem diferentes adaptações contra a perda de água. Um exemplo são os cactos, como o xiquexique, as palmas, o mandacaru, o facheiro: eles possuem folhas modificadas em espinhos, característica que reduz a transpiração a valores desprezíveis.
Além dos cactos, são plantas comuns na região as bromélias, a jurema, o umbuzeiro, o angico e o imbaré (barriguda-lisa), entre outras.

    A fauna também é muito rica. Caracará ou carcará (gavião), tatu-a-peba, veado-catingueiro, maracajá, cascavel e jiboia são alguns dos animais que vivem na Caatinga, além do grande número de lagartos, como o teiú, e insetos, entre outros animais.

Bioma Pampas

    Os Pampas se localizam em regiões de planícies e são conhecidos também por Campinas ou Campos, que ocorrem no sul do Brasil, principalmente no Rio Grande do Sul.

    Os Pampas são caracterizados por temperaturas relativamente baixas, principalmente no inverno, e por uma formação vegetal característica, na qual predominam as gramíneas. Também ocorrem pequenas árvores e arbustos. Essas pastagens naturais favorecem as atividades pecuárias.

    No Rio Grande do Sul e em Santa Catarina há campos inundáveis, como o Banhado do Taim (RS). São conhecidos por campos brejosos, tanto no litoral quanto no interior.

    Esses campos são grandes extensões de terrenos alagadiços ou sempre úmidos, cobertos predominantemente por gramíneas, mas também por certo número de plantas aquáticas, como o jacinto-d’água, e outras espécies vegetais que dão ao terreno a aparência de campo.

    Os campos brejosos são verdadeiros santuários ecológicos que abrigam diversas espécies animais. Entre elas, podem-se observar capivaras, ratões-do-banhado, cisnes, tachãs, flamingos, patos, marrecas, borboletas, sapos, rãs e muitas outras espécies de vertebrados e invertebrados.

    Os Pampas constituem um dos ambientes campestres com maior diversidade de espécies do mundo, entre plantas e animais. No entanto, esse é o bioma menos preservado no Brasil pelo Sistema Nacional de Unidades de Conservação: apenas 0,36% de seu território estão transformados em área de conservação.

Ratões-do-banhado

 

Principais fontes de pesquisa

https://planetabiologia.com

https://www.oeco.org.br

https://pontobiologia.com.br

https://www.todamateria.com.br

https://www.estudopratico.com.br

https://educacao.uol.com.br

https://brasilescola.uol.com.br