Dada a menoridade de D. Pedro de Alcântara quando da abdicação de D. Pedro I, constituiu-se a Regência Trina Provisória, e pouco depois, a Regência Trina Permanente.
A Regência Trina Permanente, composta por Francisco Lima e
Silva, Bráulio Muniz e Costa Carvalho, tinha como homem forte do governo o
ministro da Justiça, padre Feijó, o criador da Guarda Nacional. Com a
responsabilidade de manter a ordem, a Guarda Nacional era uma milícia de
proprietários.
Durante a Regência, os grupos políticos em luta eram os
restauradores, defensores da volta de D.Pedro I; os moderados, favoráveis à
centralização política; e os exaltados, defensores da descentralização e de
reformas na sociedade brasileira.
O Ato Adicional à Constituição, instituído em 1834, visava
diminuir as tensões entre os grupos que disputavam o poder. Estabelecia-se,
entre outras coisas, a transformação da Regência Trina em Uma, a autonomia
provincial através das Assembléias Legislativas Provinciais e a criação do
município neutro do Rio de Janeiro.
As divergências entre os centralizadores e descentralizadores
deram origem ao Partido Liberal, pró Feijó (progressista?) e ao Partido
Conservador, oposicionista. A falta de controle sobre as rebeliões provinciais
(Cabanagem, Balaiada, Sabinada, Farrapos, etc.) e a oposição ao seu governo
provocaram a renúncia de Feijó, pondo fim a Regência Liberal e permitindo a
ascensão do líder conservador, Araújo Lima, com atuação destacada de seu
ministro da Justiça, Bernardo Pereira de Vasconcelos. A centralização do poder
no Rio de Janeiro é a característica do seu governo.
O período Regencial foi um dos mais turbulentos da história
brasileira, uma vez que marca a ascensão da classe política brasileira na
condução dos destinos do país. Além das Revoltas destacadas, houve lutas por
todo país, em função das más condições de vida da população e de revoltas contra
a organização política e econômica e, dos velhos ódios acumulados contra os
portugueses.
O Partido Liberal, na oposição à Regência propõe a Maioridade
de Pedro de Alcântara, então com 15 anos. Aprovada, ele passa imperar como D.
Pedro II.
Nesse período, ganhou notoriedade o jovem militar Luis Alves
de Lima e Silva, que foi o “pacificador” de várias revoltas e viria a ser o
Duque de Caxias.
Interpretando o texto
1.O que significa Período Regencial?
2.O que é o Ato Adicional de 1834? O que ele propôs?
3. O que era a Guarda Nacional?
4.Qual a diferença básica entre liberais e conservadores?
5.Porque tantas revoltas no Período Regencial?