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Distúrbios e Doenças
Infecções intestinais
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Paciente com cólera |
Alimentos e água que ingerimos podem estar contaminados com vírus ou
bactérias patogênicas. Alguns podem sobreviver e se multiplicar no aparelho digestório, causando infecções. Alguns vírus causam, na mucosa do estômago e do
intestino, inflamações denominadas gastrenterites, cujos
principais sintomas são dor de barriga, diarréia e náuseas.
Bactérias do grupo das salmonelas (freqüentes em carne de frango e em ovos mal
cozidos), podem se instalar no intestino e causar dores abdominais intensas,
diarréias e febre. Pessoas saudáveis se recuperam em poucos dias, mas crianças e
pessoas idosas podem morrer se não receberem cuidados médicos adequados.
A cólera e a febre tifóide causam epidemias
com altos índices de mortalidade em conseqüência da desidratação e a perda de
sais minerais, decorrentes da diarréia. O tratamento é feito com antibióticos e
o doente deve ingerir muita água fresca e soluções salinas.
Constipação intestinal (ou prisão de ventre)
Ao contrário da diarréia, os movimentos peristálticos estão diminuídos. A causa mais freqüente é a alimentação inadequada, com poucas fibras vegetais. A massa fecal se resseca, devido a sua permanência prolongada no intestino grosso, dificultando a defecação. A prisão de ventre pode ser aliviada pela ingestão de alimentos ricos em fibras não-digeríveis, que aumentam o volume da massa alimentar, estimulando o peristaltismo e a maior velocidade do trânsito intestinal.
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Apendicite
Apendicite é uma inflamação do apêndice ileocecal, em forma crônica ou aguda.
Esta última manifesta-se por dores agudas na fossa ilíaca direita, mais
exatamente no chamado ponto de McBurney.
O Apêndice mede cerca de 8 cm de
comprimento por 4 a 8 cm de diâmetro. Sua posição com relação ao ceco varia
muito de indivíduo para indivíduo. Em geral, ele se projeta sobre a parede
abdominal na altura do ponto de McBurney. O interior do apêndice é revestido por
um tecido linfóide semelhante ao das amídalas.
Ocasionalmente, restos de
alimentos ficam retidos na cavidade interna do apêndice cecal, o que pode levar
à sua inflamação, causando dores intensas. Sem tratamento, a infecção acaba
destruindo a parede, causando uma peritonite, que é a inflamação da membrana que
recobre a cavidade abdominal e os órgãos nela contidos.
O tratamento é feito através da remoção cirúrgica do apêndice
inflamado.
Distúrbios hepáticos
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Cálculos vesiculares |
Um dos constituintes da bile é o colesterol, substância insolúvel em água, mas que, combinada aos sais biliares, forma pequenos agregados solúveis. Em certas condições, no entanto, o colesterol pode se tornar insolúvel, formando pequenos grãos no interior da vesícula biliar; são os cálculos vesiculares (as "pedras na vesícula"). Os cálculos podem bloquear a saída da bile ou percorrer o conduto biliar, causando sensações dolorosas. A concentração de colesterol na bile depende da quantidade de lipídios na dieta. Pessoas que se alimentam de comida muito gordurosa tem maiores chances de desenvolver pedras na vesícula biliar.
Hepatite
A hepatite é uma doença caracterizada por uma inflamação do fígado. Pode apresentar diversas causas como as infecções por vírus, uso abusivo de álcool e certos medicamentos, de drogas, doenças hereditárias e auto-imunes. Entretanto, sabemos que as causas mais comuns são as virais. A hepatite pode ser classificada em aguda e crônica, sendo que essa última é representada por um processo inflamatório que dura mais de seis meses, porém a cronificação não ocorre em todos os casos.
Cirrose
A cirrose é uma doença difusa do fígado, que altera as funções das suas células e dos sistemas de canais biliares e sanguíneos.
É o resultado de diversos processos, entre os quais, a morte de células do fígado e a produção de um tecido fibroso não funcional. Isto prejudica toda a estrutura e o trabalho do fígado.
Após períodos variáveis de tempo, indivíduos com inflamações crônicas do fígado estão sujeitos a desenvolverem cirrose.
Não é possível prever quais as pessoas com doença de fígado que terão cirrose.
As causas mais comuns
são:
As hepatites crônicas pelos vírus B e C e alcoolismo.
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Transplante (fígado com cirrose) | Transplante (fígado saudável) |
Pancreatite
Em situações anormais, o pâncreas pode reter suco pancreático, que ataca suas próprias células. O resultado pode ser uma inflamação do pâncreas (a pancreatite), muitas vezes fatal. A pancreatite pode ser causada por bloqueios do canal de eliminação do suco pancreático ou por alcoolismo.
Faringite
A faringite é uma inflamação do faringe, a área situada entre as amígdalas e o laringe (onde se forma a voz). Normalmente é chamado de garganta.
A faringite é um outro nome para dor de garganta (ou garganta arranhada).
A faringite que acontece subitamente, a faringite aguda, pode ser causada por bactérias, virus, ou ambos. A faringite que dura um longo tempo,a faringite crônica, ocorre quando uma infecção respiratória, sinusal (dos seios da face) ou da boca se "espalha" para o faringe. A faringite pode ser o primeiro sintoma de uma doença simples como a gripe ou o resfriado, ou de um problema mais grave como a mononucleose ou a escarlatina.
O cigarro, o consumo grande de álcool, a inalação de ar muito poluído ou contendo fumaças industriais ou vapores químicos, ou o fato de engolir substâncias que queimam, corroem ou arranham a mucosa que reveste a garganta, todos podem causar faringite.
Estomatite
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Estomatite nicotínica |
Estomatite é o nome
geral que se dá para qualquer inflamação da boca ou gengivas. Não tem nada a ver
com o estômago (inflamação do estômago é gastrite). Quando é apenas nos lábios é
chamado de queilite. Uma das estomatites mais comuns é o sapinho, que é
caracterizado pelo aparecimento de manchas brancas, parecendo nata de leite, em
qualquer parte da boca.
Outra causa comum de estomatite são as infecções por vírus,
que se manifestam como aftas na boca, gengiva, lábios e língua. As aftas são
bolinhas de um líquido claro, que logo arrebentam, formando pequenas úlceras ou
feridas dolorosas. A estomatite por vírus que mais incomoda é a
gengivoestomatite aftosa, e que não tem nada a ver com a aftosa do gado. É
contagiosa, causada por herpes, passando de pessoa para pessoa. Nesse caso as
aftas duram uma semana ou mais. Há uma febre que costuma ser alta e durar também
vários dias.
Gastrite
É uma inflamação do
estômago e aparece após várias situações: quando passamos horas sem nos
alimentar (pois as paredes dos estômago estão trabalhando para receber o
alimento e enviá-lo para o local correto, como ele não vem, elas acabam batendo
uma na outra e ocasionando o atrito), quando comemos coisas muito gordurosas,
industrializadas ou ácidas e o estômago libera muito ácido para digeri-las.
Situações de estresse e estado nervoso abalado também são
motivos para esse mal aparecer. Também pode ser desencadeada por uma bactéria
que vive na mucosa do estômago, o helicobacter pylori.
Além da queimação, a gastrite pode apresentar os seguintes
sintomas: soluços, eructações (arrotos), perda de apetite, náuseas, sensação de
estômago cheio e vômitos. Em alguns casos, quando o estômago está muito
sensível, pode ocorrer hemorragia.
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Úlcera
A úlcera é uma área focal da mucosa (pele que recobre desde a boca até o ânus) do aparelho digestivo que foi destruída pelos sucos digestivos. No caso da úlcera gástrica ou duodenal, a destruição é feita pelo ácido produzido pelo estômago. A grande maioria das úlceras não são maiores que um grão de ervilha apesar disso podem causar grande desconforto e dor.
O sintoma mais comum é uma sensação de dor tipo queimação ou vazio na boca do estômago (região epigástrica). A dor geralmente ocorre entre as refeições e algumas vezes acorda o paciente durante a noite. Pode durar durante minutos ou horas e geralmente alivia quando o paciente se alimenta ou faz uso de anti-ácidos. Outros sintomas menos comuns incluem náusea , vômitos , perda do apetite e peso.
No passado acreditava-se erroneamente que a úlcera poderia ser causada pelo stress. Médicos atualmente sabem que há três causas principais. A mais comum é a infecção por uma bactéria chamada Helicobacter pylori. A segunda causa mais comum é o uso constante ou indiscriminado de medicações para dor chamados de anti-inflamatórios não esteróides (AINEs). A terceira causa seria um defeito no local onde a úlcera aparece que propicia o seu aparecimento.
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Câncer de colo intestinal
Nos países desenvolvidos, esse é um dos casos mais comuns de câncer. Está relacionada com dietas alimentares pobres em fibras. Na falta de fibras, o peristaltismo é mais lento, a mucosa intestinal fica mais tempo em contato com eventuais substâncias cancerígenas presentes nos alimentos.