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Gregor Mendel
Gregor Johann Mendel foi um monge agostiniano, botânico e meteorologista austríaco.
Nasceu na região de Troppau, na Silésia, que então pertencia à Áustria, e viria a ser batizado a 22 de Julho, que muitas vezes se confunde com a sua data de nascimento, vindo de uma família de humildes camponeses. Na sua infância revelou-se muito inteligente; em casa costumava observar e estudar as plantas. Sendo um brilhante estudante a sua família encorajou-o a seguir estudos superiores, e mais tarde aos 21 anos a entrar num mosteiro da Ordem de Santo Agostinho em 1843 (atual mosteiro de Brno, República Checa) pois não tinham dinheiro para suportar o custo dos estudos. Obedecendo ao costume ao tornar-se monge, adotou um outro nome: "Gregor". Aí Mendel tinha a seu cargo a supervisão dos jardins do mosteiro.
Estudou ainda, durante dois anos, no
Instituto de Filosofia de Olmütz (hoje Olomouc, República Checa) e na
Universidade de Viena (1851-1853). Desde 1843 a 1854 tornou-se professor de
ciências naturais na Escola Superior de Brno, dedicando-se ao estudo do
cruzamento de muitas espécies: feijões, chicória, bocas-de-dragão, plantas
frutíferas, abelhas, camundongos e principalmente ervilhas cultivadas na horta
do mosteiro onde vivia e analisando os resultados matematicamente, durante
cerca de sete anos. Gregor Mendel, "o pai da genética", como é conhecido, foi
inspirado tanto pelos professores como pelos colegas do mosteiro que o
pressionaram a estudar a variação do aspecto das plantas. Propôs que a
existência de características (tais como a côr) das flores é devido à
existência de um par de unidades elementares de hereditariedade, agora
conhecidas como genes.
Mas Mendel não só se interessou nas plantas, ele também era
meteorologista e estudou as teorias de evolução. Ao longo da sua vida foi
membro, diretor e fundador de muitas sociedades locais: diretor do Banco da
Morávia, foi fundador da Associação Metereológica austríaca, membro da Real e
Imperial Sociedade da Morávia e Silésia para melhor agricultura, entre outras.
Durante a sua vida Mendel publica dois grandes trabalhos agora clássicos:
"Ensaios com Plantas Híbridas" (Versuche über Planzenhybriden), que não
abrangia mais de trinta páginas impressas e "Hierácias obtidas pela fecundação
artificial". Em 1865, formula e apresenta em dois encontros da Sociedade de
História Natural de Brno as leis da hereditariedade, hoje chamadas Leis de
Mendel, que regem a transmissão dos caracteres hereditários. Após 1868, as
tarefas administrativas mantiveram-no tão ocupado que ele não pode dar
continuidade às suas pesquisas, vivendo o resto da sua vida em relativa
obscuridade.
Morreu a 6 de Janeiro de 1884, em Brno, no antigo Império
Austro-Húngaro hoje República Checa de uma doença renal crónica; um homem à
frente do seu tempo, mas ignorado durante toda a sua vida.
Redescoberta do trabalho de Mendel
As suas descobertas, apesar de muito importantes permaneceram
praticamente ignoradas até o começo do século XX (embora tivessem estado
disponíveis nas maiores bibliotecas da Europa e dos Estados Unidos). Sendo
publicadas somente no início do século XX, anos após a morte de Mendel; foram
"redescobertas" por um grupo de cientistas, um alemão - K. Correns, um
austríaco - E. Tschermak e outro dos países baixos - H. de Vries. Originalmente
pensava-se que o austríaco Eric von Tschermark teria sido um dos "redescobridores"
mas nunca mais foi aceito pois não percebia as leis de Mendel.
Mendel e a apicultura
Um aspecto pouco revelado da vida de Mendel é que nos
últimos dez anos da sua vida se dedicou ao estudo das abelhas; que resultou um
modelo de investigação frustrante pois não teve tão bons resultados como as
experiências com ervilhas alguns anos antes. É provável que esta experiência
fosse para reforçar e confirmar a teoria da herditariadade.