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Inalantes

    Por Marlene Amariz

    Os inalantes são substâncias químicas voláteis, com efeitos semelhantes aos anestésicos, os quais diminuem as funções orgânicas. São psicoativos, uma vez inalados, chegam aos pulmões, e posteriormente à corrente sanguínea, suas substâncias químicas atingem o cérebro em segundos, ocasionando perturbações visuais e auditivas, excitação, sensação de euforia, e alucinações.

    Efeitos

    Geralmente os efeitos dos inalantes, duram por alguns minutos, porém quando o produto é inalado repetidas vezes o seu efeito prolonga-se por muitas horas, e então notam-se sintomas agudos do abuso, semelhantes aos do uso do álcool, por depressão do SNC (Sistema Nervoso Central).

    Inicialmente o usuário pode sentir um efeito estimulante, mas em inalações subsequentes pode ocorrer uma desinibição, falta de coordenação, tonturas, desorientação, fraqueza muscular, descontrole levando-o até a perda da consciência, e em casos mais graves, coma podendo ocasionar a morte.

    Consequências do uso

    Os inalantes são produtos altamente tóxicos e podem induzir diretamente à morte dentro de poucos minutos em uma única sessão de uso prolongado por: parada cardíaca e distúrbios do ritmo cardíaco ou sufocação, no caso de deslocamento de oxigênio dos pulmões.

    A sua inalação repetida poderá reduzir o fluxo de oxigênio para o cérebro provocando a destruição de neurônios, levando à perda de reflexos, problemas de memória e de concentração.

    Partindo-se para o uso crônico de solventes podem ocorrer graves prejuízos aos rins e fígado, alterando a capacidade de funcionamento desses órgãos, consequentemente, tornando o organismo mais indefeso contra toxinas, produtos do metabolismo e contra o próprio inalante.

    Comumente podemos observar nos usuários de inalantes uma fadiga constante que é originária do uso, e indica danos à medula óssea, onde ocorre uma produção irregular e insuficiente de eritrócitos (células vermelhas do sangue periférico).

    Morte súbita

    No caso dos inalantes, a morte súbita pode ocorrer através do abuso, nas seguintes formas:

    1) Asfixia: através da inalação de fluocarbonos, encontrados em extintores de incêndio e certos gases anestésicos, os quais deprimem o SNC. O inalante é aspirado de um recipiente fechado, ocorrendo que o vapor dos inalantes ocupa o lugar do oxigênio no recipiente e nos pulmões, causando a asfixia pois o cérebro não detecta a falta de oxigênio durante a intoxicação por causa da ação sedativa da droga. Nestes casos quando o usuário sobrevive, podem ocorrer sequelas cerebrais permanentes.

    2) Problemas cardíacos: quando sob o efeito do uso do inalante o usuário submete-se à excitação, corrida ou situações que causam-lhe medo, ocorrendo uma descarga de adrenalina.

    3) Combinações perigosas: inalantes combinados com álcool e/ou outras drogas podem resultar em morte súbita pela ação sedativa excessiva sobre o SNC.

    Os inalantes podem apresentar-se de diversas formas, pois nem sempre são produtos ilícitos, mas ao contrário, também encontram-se em produtos utilizados no ambiente doméstico, como tintas spray e fluidos de limpeza. Entre as substâncias inalantes, estão os solventes (cola, removedores, gasolina), e gases (anestésicos, butano, aerossóis e propano).

    Deve-se observar as condições ambientais do uso desses produtos voláteis e extremamente tóxicos, principalmente em relação às crianças e adolescentes, as quais estão entre o grupo de maior risco de abuso dessas substâncias, tomando-se a precaução de evitar a exposição, inalação, uso inadequado, ou mesmo acidental e utilizá-los somente em ambientes bem ventilados, cuidando-se inclusive de evitar a inalação por crianças em tenra idade.

    O uso desses produtos para fins domésticos deverá ser realizado em ambientes bem ventilados, longe do alcance de crianças, evitando-se assim seus efeitos prejudiciais.

    Tratamento

    A melhor prevenção contra as drogas, é sem dúvida, o conhecimento dos efeitos prejudiciais que elas trazem, na saúde do indivíduo tanto social quanto fisicamente.

    Porém quando já instalou-se um quadro de dependência, seja ela física, psíquica ou psicológica, ou mesmo antes disso, o tratamento faz-se necessário para dar fim a um comportamento compulsivo.

    Estudos recentes demonstraram que mesmo a dependência é tratável, resultando em efeito não apenas no usuário e familiares, mas na sociedade como um todo, diminuindo os fatores associados às drogas, como violência, acidentes de trânsito, ocorrências policiais, etc.

    Vários segmentos da sociedade hoje, já disponibilizam esses trabalhos à favor da comunidade, assim como: instituições religiosas (evangélicas, católicas,etc.), ou hospitais públicos e privados, universidades públicas, e órgãos públicos como por exemplo o DENARC, que ministra palestras e direciona para caminhos melhores.