Buraco na Camada de Ozônio |
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Introdução
Nas últimas décadas tentou-se evitar ao máximo a utilização do CFC e, mesmo assim, o buraco na camada de ozônio continua aumentando, preocupando cada vez mais a população mundial. As ineficientes tentativas de se diminuir a produção de CFC, devido à dificuldade de se substituir esse gás, principalmente nos refrigeradores, fez com que o buraco continuasse aumentando, prejudicando cada vez mais a humanidade. Um exemplo do fracasso na tentativa de se eliminar a produção de CFC foi a dos EUA, o maior produtor desse gás em todo planeta. Em 1978 os EUA produziam, em aerossóis, 470 mil toneladas de CFC, reduzindo para 235 mil em 1988. Em compensação, a produção de CFC em outros produtos, que era de 350 mil toneladas em 1978, passou para 540 mil em 1988, mostrando a necessidade de se utilizar esse gás em nossa vida quotidiana. É muito difícil encontrar uma solução para o problema. De qualquer forma, temos que evitar ao máximo a utilização desse gás, para que possamos garantir a sobrevivência de nossa espécie. A Atmosfera A atmosfera é uma massa gasosa que envolve a Terra. É constituída basicamente por oxigênio e nitrogênio, contendo ainda outros gases em menores quantidades. A concentração do gás ozônio na atmosfera terrestre começa a aumentar rapidamente a partir de 10 km de altitude e atinge o nível máximo entre 25 e 30 km. A partir daí a concentração diminui. A maior concentração de ozônio se encontra na estratosfera. Embora essa camada não seja bem definida e delimitada, podemos dizer que ela se encontra a 10 km acima do nível do mar e se estende até 30 km de altitude. A região mais afetada
A região mais afetada pela destruição da camada de ozônio é a Antártida. Nessa região, principalmente no mês de setembro, quase a metade da concentração de ozônio é misteriosamente sugada da atmosfera. Esse fenômeno deixa à mercê dos raios ultravioletas uma área de 31 milhões de quilômetros quadrados, maior que toda a América do Sul, ou 15% da superfície do planeta. Nas demais áreas do planeta, a diminuição da camada de ozônio também é sensível; de 3 a 7% do ozônio que a compunha já foi destruído pelo homem. Mesmo menores que na Antártida, esses números representam um enorme alerta ao que nos poderá acontecer, se continuarmos a fechar os olhos para esse problema. O que são os raios ultravioleta Os raios ultravioleta (UV) são ondas semelhantes às ondas luminosas, provenientes do Sol, porém invisíveis ao olho humano. Encontram-se exatamente acima do extremo violeta do espectro da luz visível. A camada de ozônio nos protege do superaquecimento e da exposição aos raios ultravioleta, que em excesso prejudicam os seres vivos. Uma parte dos raios ultravioletas é filtrada pela camada de ozônio, e o restante atinge a superfície terrestre. Está provado que muita radiação ultravioleta (ou UV), é prejudicial para os organismos vivos, a ponto de comprometer a existência da vida como conhecemos. Quando absorvida em excesso, essa energia é capaz de provocar alterações genéticas, câncer de pele, catarata e até a perda total das defesas naturais dos seres vivos. A reação As moléculas de clorofluorcarbono, ou Freon, passam intactas pela troposfera, que é a parte da atmosfera que vai da superfície até uma altitude média de 10.000 metros. Em seguida essas moléculas atingem a estratosfera, onde os raios ultravioletas do sol aparecem em maior quantidade. Esses raios quebram as partículas de CFC liberando o átomo de cloro. Este átomo, então, rompe a molécula de ozônio (O3), formando monóxido de cloro (ClO) e oxigênio (O2). A reação tem continuidade e logo o átomo de cloro libera o de oxigênio que se liga a um átomo de oxigênio de outra molécula de ozônio, e o átomo de cloro passa a destruir outra molécula de ozônio, criando uma reação em cadeia. Por outro lado, existe a reação que beneficia a camada de ozônio: Quando a luz solar atua sobre óxidos de nitrogênio, estes podem reagir liberando os átomos de oxigênio, que se combinam e produzem ozônio. Estes óxidos de nitrogênio são produzidos continuamente pelos veículos automotores, resultado da queima de combustíveis fósseis. Infelizmente, a produção de CFC, mesmo sendo menor que a de óxidos de nitrogênio, consegue, devido à reação em cadeia já explicada, destruir um número bem maior de moléculas de ozônio que as produzidas pelos automóveis.
Porque na Antártida Em todo o mundo as massas de ar circulam, sendo que um poluente lançado no Brasil pode atingir a Europa devido a correntes de convecção. Na Antártida, por sua vez, devido ao rigoroso inverno de seis meses, essa circulação de ar não ocorre e, assim, formam-se círculos de convecção exclusivos daquela área. Os poluentes atraídos durante o verão permanecem na Antártida até a época de subirem para a estratosfera. Ao chegar o verão, os primeiros raios de sol quebram as moléculas de CFC encontradas nessa área, iniciando a reação. Em 1988, foi constatado que na atmosfera da Antártida, a concentração de monóxido de cloro é cem vezes maior que em qualquer outra parte do mundo. Os males A principal consequência da destruição da camada de ozônio será o grande aumento da incidência de câncer de pele, já que os raios ultravioletas são mutagênicos. Além disso, existe a hipótese segundo a qual a destruição da camada de ozônio pode causar desequilíbrio no clima, resultando no efeito estufa, o que causaria o descongelamento das geleiras polares e consequente inundação de muitos territórios que atualmente se encontram em condições de habitação. De qualquer forma, a maior preocupação dos cientistas é mesmo com o câncer de pele, cuja incidência vem aumentando nos últimos vinte anos. Cada vez mais aconselha-se a evitar o sol nas horas em que esteja muito forte, assim como a utilização de filtros solares, únicas maneiras de se prevenir e de se proteger a pele. Substâncias nocivas à camada de ozônio A partir do final do século XIX, devido ao desenvolvimento industrial, passaram a ser utilizados produtos que emitem CFC (um gás formado por cloro, flúor e carbono). Esse gás espalha-se pela atmosfera, e ao chegar na camada de ozônio destrói as moléculas que a formam. Com a destruição dessa camada, a quantidade de raios ultravioletas que chegam à terra fica sensivelmente aumentada. O CFC é usado como propelente nas embalagens do tipo spray. Colocado no recipiente sob alta pressão, ao se apertar a válvula o gás sai e carrega junto o produto. No Brasil, como ocorre em vários países desenvolvidos, esse gás nocivo acaba de ser totalmente substituído nos aerossóis. Em seu lugar vai uma mistura de propano e butano, principais componentes do gás liquefeito de petróleo (gás de cozinha e de isqueiro). Essa mistura, ao contrário do CFC, não revelou ter efeitos destrutivos sobre a camada de ozônio, e quando devidamente purificada não tem cheiro. O próximo passo é a substituição do CFC utilizado em geladeiras.
Resumo: Buraco na camada de Ozônio A poluição produzida por todo o planeta é espalhada pelas correntes de vento.
Assim, toda a atmosfera é atingida, inclusive a da Antártida. Porém, devido
à baixas temperaturas, a poluição não circula para fora da Antártida,
concentrando-se naquela região. O longo inverno (com poucos raios solares) faz
com que o CFC se acumule. Quando chega o verão, os raios do Sol (ou seja, a
radiação ultravioleta) começam a quebrar o CFC liberando grandes quantidades
de cloro na atmosfera, que destroem rapidamente o ozônio, criando o buraco. Por
isso a região mais afetada encontra-se na Antártida. O CFC, após ser liberado, passa intacto
pela troposfera até chegar na estratosfera, encontrando a camada de ozônio. Lá
existe também uma grande quantidade de radiação ultravioleta. Os raios
ultravioleta quebram as partículas de CFC, liberando o átomo de cloro. Esse átomo
então rompe a molécula de ozônio. Essa reação pode se repetir muitas e
muitas vezes, destruindo a camada. |