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Efeito Estufa

Introdução

A atmosfera da Terra é constituída de gases que permitem a passagem da radiação solar, e absorvem grande parte do calor (a radiação infravermelha térmica), emitido pela superfície aquecida da Terra. Esta propriedade é conhecida como efeito estufa. Graças a ela, a temperatura média da superfície do planeta mantém-se em cerca de 15°C. Sem o efeito estufa, a temperatura média da Terra seria de 18°C abaixo de zero, ou seja, ele é responsável por um aumento de 33°C. Portanto, é benefício ao planeta, pois cria condições para a existência de vida.

Quando se alerta para riscos relacionados com o efeito estufa, o que está em foco é a sua possível intensificação, causada pela ação do homem, e a consequência dessa intensificação para o clima da Terra. A hipótese da intensificação do fenômeno é muito simples, do ponto de vista da física: quanto maior for a concentração de gases, maior será o aprisionamento do calor, e consequentemente mais alta a temperatura média do globo terrestre. A maioria dos cientistas envolvidos em pesquisas climáticas, está convencida de que a intensificação do fenômeno em decorrência das ações e atividades humanas, provocará esse aquecimento. Uma minoria discorda disso e indaga em que medida esse aquecimento, caso esteja ocorrendo, se deve ao efeito estufa, intensificado pela ação do homem. Sem dúvida, que as descargas de gases na atmosfera por parte das indústrias e das frotas de veículos, contribuem para aumentar o problema, e naturalmente ainda continuarão a ser objeto de muita discussão entre os cientistas e a sociedade.

O Efeito Estufa

Alguns gases da atmosfera, principalmente o dióxido de carbono (CO2), funcionam como uma capa protetora que impede que o calor absorvido da irradiação solar escape para o espaço exterior, mantendo uma situação de equilíbrio térmico sobre o planeta, tanto durante o dia como durante a noite. Sem o carbono na atmosfera a superfície da Terra seria coberta de gelo. A essa particularidade benéfica da camada de ar em volta do globo se dá o nome de "efeito estufa".

A importância do efeito estufa pode ser melhor compreendida quando se observa as condições reinantes na Lua. Lá não há uma atmosfera, e portanto nenhum efeito estufa; por isso as temperaturas variam de 100°C durante o dia a -150°C durante a noite.

O efeito estufa na Terra é garantido pela presença do dióxido de carbono, vapor de água e outros gases raros. Esses gases são chamados de raros porque constituem uma parcela muito pequena na composição atmosférica, formada em sua maior parte por nitrogênio (75%) e oxigênio (23%).

Alguns pesquisadores acreditam que se o percentual de oxigênio na atmosfera fosse um pouco mais elevado, um simples relâmpago poderia ocasionar incêndios gigantescos. O alto percentual de oxigênio na composição atmosférica, mais a existência dos gases raros faz com que muitos cientistas classifiquem a atmosfera terrestre como uma "anomalia", quando comparada às de outros planetas.

O efeito estufa gerado pela natureza é, portanto, não apenas benéfico, mas imprescindível para a manutenção da vida sobre a Terra. Se a composição dos gases raros for alterada, para mais ou para menos, o equilíbrio térmico da Terra sofrerá conjuntamente.

A ação do ser humano na natureza tem feito aumentar a quantidade de dióxido de carbono na atmosfera, através de uma queima intensa e descontrolada de combustíveis fósseis e do desflorestamento. A derrubada de árvores provoca o aumento da quantidade de dióxido de carbono na atmosfera pela queima e também por decomposição natural. Além disso, as árvores aspiram dióxido de carbono e produzem oxigênio. Uma menor quantidade de árvores significa também menos dióxido de carbono sendo absorvido.

Estima-se que em 1850 (época da disseminação da Revolução Industrial) a quantidade de CO2 na atmosfera era de 270 ppm (partes por milhão). Hoje, essa quantidade é de aproximadamente 360 ppm, um aumento de 33%. A cada ano cerca de 6 bilhões de toneladas de CO2 são lançadas na atmosfera do planeta.

Na primeira metade do século esse tipo de poluição era até considerado benéfico. Mesmo no início da década de 80 ainda havia a esperança de que as alterações provocadas pelo efeito estufa não seriam muito intensas.

O efeito da maior concentração de CO2 na atmosfera é uma exacerbação do originalmente benéfico efeito estufa, isto é, o planeta tende a se aquecer mais do que o normal; em outras palavras, a temperatura média da Terra tende a subir.

Existe um consenso de que o aumento do efeito estufa só não é maior atualmente porque uma grande parte de CO2 é dissolvida nos oceanos e extraída pela vegetação. Sem esses mecanismos reguladores, há muito o ser humano já teria, sozinho, desequilibrado totalmente o clima da Terra.

As tentativas das nações de solucionar o problema por elas mesmas criado beiram o ridículo. Na Conferência do Clima de 1995, em Berlim, os governos concordaram que "não foram adequadas" as medidas tomadas no sentido de tentar a redução das emissões de gases que provocam o efeito estufa. A Conferência do Clima de 1996, em Genebra, terminou com uma declaração em que os países "se comprometem a negociar a redução do uso de gases responsáveis pelo efeito estufa". O tratado firmado na Conferência do Clima de 1997, em Kioto, estabeleceu que as 38 nações industrializadas reduziriam a emissão de gazes em 5,2% entre 2008 e 2012...

A ocorrência de efeitos climáticos extraordinários em curtos períodos de tempo também é atribuída ao incremento do efeito estufa. Em 1984 foi publicado um trabalho por uma equipe da Universidade de East Anglia, na Grã-Bretanha, onde se previa que um aquecimento da Terra decorrente do efeito estufa provocaria invernos mais intensos na Europa. Nos três anos seguintes a Europa foi atingida por invernos rigorosíssimos.

Para os especialistas da Agência Nacional de Oceanos e Atmosfera dos Estados Unidos (NOAA), tanto o clima mais rigoroso, como as chuvas que se tornam mais torrenciais, são decorrência do recrudescimento do efeito estufa no planeta. Segundo um estudo publicado na revista Nature de setembro de 1995, desde 1911 o total de chuvas torrenciais (superiores a 50 mm) aumentou entre 2% e 3% nos Estados Unidos, enquanto que as precipitações comuns aumentaram 20% naquele país… O cientista William Stevens disse que "agora já há um consenso que as tempestades têm se tornado mais comuns."

No ano de 1987 já havia sido observado que os corais de Porto Rico, no Caribe, estavam ficando brancos. A causa apontada foi o aquecimento do mar provocado pelo efeito estufa. De lá para cá essa ocorrência foi se espalhando e em 1995, só no Brasil, já era observada em três regiões. "O que se pensava ser um fenômeno isolado é hoje visto em escala global", afirma o biólogo Clóvis Barreira, do Museu Nacional do Rio de Janeiro. O Comitê Oceanográfico Internacional da ONU considera os corais como termômetros vivos da saúde marítima. Seu branqueamento significa que as algas microscópicas responsáveis pelas suas cores estão se afastando, possivelmente pelo aumento da temperatura da água. Sem essas algas os corais tornam-se frágeis e acabam não dispondo de energia suficiente para a reprodução. Em 1997, o Fundo Mundial para a Natureza divulgou um informe dando conta de que os recifes de coral no Chile poderiam extinguir-se...

Temperatura da Terra em graus Kelvin

Além de mais quentes, o nível dos oceanos está subindo. Na costa brasileira e em todos os países litorâneos, o avanço do mar assusta a população. A causa é o aumento do nível do mar, acarretado entre outros fatores pelo incremento do efeito estufa. No Brasil, várias praias ameaçam simplesmente sumir do mapa. Ano após ano elas perdem grandes faixas de areia e são tomadas pelo mar. Na cidade litorânea de Caiçara do Norte, Estado do Rio Grande do Norte, o mar avançou 50 metros nos últimos dez anos; oitenta casas sumiram e seus moradores foram forçados a abandonar a cidade.

O aquecimento da Terra também não fica sem efeito sobre a flora e a fauna. Na Antártida estão sendo vistas atualmente espécies de plantas que não existiam há dez ou quinze anos, "efeito do aumento de 15 graus na temperatura do continente ao longo dos últimos 40 anos", explica o físico brasileiro Paulo Artaxa.

Enquanto isso, no resto do mundo, muitas espécies estão desaparecendo. Segundo Jonathan Weiner, em seu livro "Os Próximos Cem Anos", já em 1977 alguns ornitólogos constataram que os bosques norte-americanos estavam ficando mais silenciosos. No México, em 1996, observou-se que em determinadas altitudes cerca de 50% das espécies de borboletas haviam desaparecido, forçadas a migrar para regiões mais frias. Também em 1996 o mundo ficou sabendo que os batráquios (sapos e rãs) estavam desaparecendo nos quatro continentes, possivelmente em decorrência do aquecimento da Terra. Constatou-se o declínio acentuado da população desses bichos nos seguintes países: Brasil, Japão, Canadá, Porto Rico, Grã-Bretanha, Panamá, Noruega, Suíça e Alemanha. Nos Estados Unidos e Canadá muitos sapos também começaram a aparecer deformados: eles apresentam uma perna extra ou uma perna faltante, além de olhos e outras partes do corpo fora do lugar.

As consequências climáticas do incremento do efeito estufa é apenas mais um dos sinais de que o habitat dos seres humanos está sofrendo grandes transformações. A maioria dos que se ocupam com o fenômeno do efeito estufa estudam-no ainda apenas como mais uma curiosidade científica interessante, talvez também um pouco preocupados com o que possa ocorrer com a Terra num futuro longínquo. Breve, muito breve porém, essas curiosidades se transformarão em ameaças concretas, que não mais poderão ser encobertas com palavras tranquilizadoras de pretensos apaziguadores científicos.

O que está acontecendo???

O problema é que nós, os humanos, estamos adicionando cada vez mais dióxido de carbono na atmosfera ao queimarmos combustíveis fósseis para obter energia. Nós também temos adicionado gases de efeito estufa que não estão presentes naturalmente na atmosfera (Óxido nitroso e o CFC). E ainda, nós continuamos a cortar milhares e milhares de árvores por dia, fazendo com que elas fiquem incapazes de retirar o dióxido de carbono do ar e substituí-lo por oxigênio.

Tudo isso faz com que cada vez mais menos radiação solar seja emitida de volta para o espaço. Quanto mais dióxido de carbono e outros gases de efeito estufa ficarem presentes no ar, mais radiação ficará sendo emitida de volta para a Terra. Quanto mais isto acontecer mais a Terra irá ficar quente. E se a temperatura global mudar um pouquinho, isto poderá acarretar em uma série de problemas que serão discutidos a seguir.

CONSEQUÊNCIAS

Uma das consequências que o aumento do efeito estufa irá causar é o crescimento da temperatura global da Terra, isto ainda não está provado mas existem fortes indícios de que este aumento da temperatura irá acontecer (ou está acontecendo), e se isso vier ocorrer poderá surgir na Terra uma série de fenômenos catastróficos.

Secas

Um dos efeitos do aquecimento global da Terra poderá ser a seca. Quando a temperatura aumentar, a água irá se aquecer rapidamente. Em alguns lugares, onde não chove muito normalmente, a vida vegetal acaba por depender de lagos e rios para sobreviver. E quando a temperatura aumentar, a água nesta área irá evaporar e a seca irá acontecer. A vida vegetal começará a morrer e consequentemente irá existir poucas plantas para retirar o dióxido de carbono do ar. Isto poderá fazer com que várias colheitas sejam destruídas e a fome ou a sede comecem a atacar as pessoas mais carentes. E não para por aí, poderá também fazer com que o efeito estufa se agrave mais ainda.

Aumento no nível dos oceanos

Enquanto em algumas áreas irá faltar água, outras irão ter água demais. Outro efeito do aquecimento global da Terra será o aumento no nível do mar. Quando se esquenta (acima dos 0 graus Celsius), é um fato que o gelo irá derreter. Se a temperatura da Terra aumentar nas regiões polares, grandes quantidades de gelo irão derreter, fazendo com que toda essa água vá direto para os oceanos. Toneladas e mais toneladas de gelo ficarão derretidas se a Terra aquecer o suficiente para isso, o que irá causar um aumento drástico no nível do mar. Cidades costeiras ficarão submersas, destruindo assim muitos imóveis e estruturas, o que irá custar milhões para as companhias de seguro. E se todas essas pessoas que moravam nessas regiões que ficaram submersas mudarem de uma vez para o interior do continente; isso poderá acarretar em uma falta de espaço muito grande para poder alojar todos os que foram prejudicados por este aumento no nível do mar.

O Extremo

Outro efeito do aquecimento global da Terra será o tempo que ficará ao seu extremo. Mudança na temperatura significa a mudança significativa do tempo em muitos lugares. Quanto mais o tempo fica quente mais características tropicais se estabelecem sobre o mesmo. O tempo começará a ficar cada vez mais violento; este aumento da temperatura irá intensificar os ventos, a chuva e as tempestades.

Alguns efeitos do aquecimento global não foram incluídos nesta página, e de fato apenas foram ilustrados três desses possíveis efeitos, mas isso não significa que só existam esses três. Existem outros fatos que poderão ocorrer como o aumento dos preços de produtos, mudança no valor das terras, o desaparecimento de colheitas inteiras... etc.

Muitos animais serão totalmente extintos, porque esta mudança no tempo está acontecendo muito rapidamente o que não havia ocorrido em nenhuma outra época. Animais encontrarão suas casas desaparecendo rapidamente quando as árvores não conseguirem mais sobreviver as mudanças de temperatura ou de umidade. Animais também se encontrarão em condições desfavoráveis à sobrevivência, novamente por causa da mudança na temperatura e na umidade. Portanto você pode ver que existem muitas outras consequências que poderão ocorrer na Terra se a temperatura do globo continuar aumentando.

Resumo: Efeito Estufa

Entre muitas funções da atmosfera (camada de gases que envolve a terra) a de controlar a temperatura terrestre em torno de + 15ºC é obtida através do aprisionamento do calor emitido pelo sol através desses gases, o que chamamos de efeito estufa.

Com o início da era industrial, a quantidade de gases (dióxido de carbono, monóxido de carbono, óxido de enxofre, clorofluorcarbono e nitrogênio) produzidos pela queima de combustíveis fósseis nos carros e nas fábricas (poluição), vêm aumentando a uma taxa excessiva, para além da capacidade natural de autodepuração do planeta. Como consequência, hoje nossa atmosfera tem uma concentração desses gases como nunca teve nos séculos anteriores, provocando uma série de problemas para os habitantes da Terra, entre eles o aumento da temperatura da terra.

Defendem os cientistas que em pouco tempo o aumento na temperatura do planeta irá derreter as calotas polares e inundar áreas habitadas, principalmente na Europa, Ásia e África.

O dióxido de carbono (CO2), os clorofluorcarbonos (CFCs), o metano (CH4) e o dióxido de nitrogênio (N2O) respondem juntos por 88% do efeito estufa. O suplementar, que não pode ser precisamente quantificado, é causado pelo ozônio (O3) e pelo vapor d'água troposféricos. Os clorofluorcarbonos, CFCs, produzidos pela indústria química, são poderosos gases com efeito estufa. Eles também reagem com o ozônio troposférico, destruindo, dessa forma, a camada de ozônio.

Como um dos principais gases que causam o efeito estufa, é importante destacar o papel desempenhado pelo CO2, também chamado de gás carbônico, que é emitido em grandes quantidades para a atmosfera por duas principais atividades humanas: (1) a queima de combustíveis fósseis (petróleo, carvão, gás natural) e (2) a destruição e queima das florestas. Esses dois processos de queima são chamados de combustão. Nela, o carbono, que é o principal constituinte da madeira e dos combustíveis fósseis, se combina com o oxigênio do ar, produzindo o CO2.

Como o aumento dos gases que causam o efeito estufa na atmosfera poderá provocar um aquecimento global, combater essa ameaça significa eliminar, ou pelo menos diminuir, drasticamente as emissões desses gases. Em outras palavras, a sociedade humana precisa, de um lado, queimar menos petróleo (e outros combustíveis fósseis) e, de outro parar com o desmatamento no planeta (concentrado atualmente nos trópicos). Caso contrário, o CO2 vai acumular-se em quantidades cada vez maiores na atmosfera e, o que é pior, numa velocidade maior do que a capacidade de certos processos naturais de retirá-lo da atmosfera. Além disso, é necessário também parar o mais rápido possível com a produção industrial dos gases CFCs (clorofluorcarbonos), pois eles não só constituem os mais poderosos gases com efeito estufa (apesar de estarem presentes em quantidades mínimas), como também não existe nenhum mecanismo natural que os elimine da atmosfera.

O homem, por meio do plantio de árvores, pode ajudar na retirada de CO2 da atmosfera, pois elas acumulam carbono em sua estrutura enquanto estão crescendo; quando param de crescer, a quantidade acumulada permanece fixa na madeira.