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O Ciclo do Fósforo

 

    Fósforo, em grego, significa "aquele que traz luz". Isso porque o elemento químico fósforo brilha no escuro e  pega fogo quando em contato com o ar.

    O fósforo é o elemento reciclado naturalmente em menores quantidades. Em sua maior parte, encontra-se aprisionado em rochas e, como se dissolve com facilidade na água da chuva, é levado para os rios e chega até os mares.
    Essencial à vida, o fósforo faz parte do DNA, o "código" que controla as características passadas dos pais
 para os filhos. E encontrado também em um composto chamado ATP. O ATP armazena a energia necessária às células para a contração muscular, por exemplo.

    Ingerimos perto de 1 grama de fósforo por dia na forma de compostos químicos chamados "fosfatos"; e temos armazenados nos ossos cerca de 750 gramas dele como fosfato de cálcio.

    Criança que não ingere fósforo suficiente, desenvolve uma doença conhecida como "raquitismo". Seus ossos perdem rigidez e tendem a curvar-se. Nos adultos, a falta de cálcio torna os ossos quebradiços. Algumas vezes causa repuxamento ou contração espontânea de músculos da face, das mãos e dos pés.
    As fezes das aves marinhas sedimentam-se e formam o guano, um importante adubo. No século passado, o
 guano da costa peruana era exportado para vários países. Levado de navio, era vendido aos fazendeiros  como fertilizante natural.
    Todos os anos, toneladas de fósforo dissolvidas de rochas chegam aos mares, levadas pelos rios. É por
isso que peixes e outros animais marinhos são ricos em fósforo. Ao comê-los, ingerimos boa parte do fósforo de que precisamos. Pássaros marinhos, como gaivotas e pelicanos, também se alimentam de peixes. Suas fezes, quando caem no solo, constituem uma vasta fonte de fósforo para os vegetais que crescem ao longo da costa.
    Uma parte desse fósforo retoma ao solo com a morte desses animais e plantas. Ele, então, será absorvido  por novas plantas, que alimentarão novos animais. Outra parte se encontra em rochas que são desgastadas pelos ventos, chuvas e gelo. Mas, como uma grande quantidade do fósforo é levada pela água, deve-se adicioná-lo ao solo. Ele ajuda o crescimento das raízes e a formação de botões. O fósforo usado em fertilizantes é quase todo retirado de rochas fosfáticas.

 

Fosfato

Esgoto Peixes mortos

 

    Ingerindo vegetais ou a carne de animais que deles se alimentam, obtemos grande parte do fósforo de que necessitamos para manter nosso corpo com saúde.
    Os fosfatos não são apenas adicionados ao solo, mas usados também na fabricação de detergentes. Portanto uma possível fonte de poluição dos rios pelo fósforo é através dos resíduos domésticos, ou seja, da água que utilizamos na cozinha e no banho, assim como os esgotos.

    Em muitas regiões, os esgotos são tratados. Separam-se os sólidos, e a parte líquida, repurificada, volta aos rios. Mas, mesmo tratada, essa água pode ainda conter fosfatos.
    A quantidade de fosfatos nos reservatórios e lagoas pode aumentar muito devido ao afluxo dos resíduos provenientes de fazendas ou estações de tratamento de esgotos.

    Os fosfatos nas lagoas, junto com nitratos provenientes de fazendas, tornam-se alimento para organismos  bastante simples chamados "algas". As algas formam sobre a água uma camada verde, gelatinosa, impedindo a passagem da luz. As plantas do fundo do lago, sem luz, não produzem oxigênio. A água torna-se  pobre desse gás, e os peixes não podem respirar. Quando as algas morrem, as bactérias se alimentam delas. Isso consome o restante do oxigênio. Moluscos aquáticos e larvas de insetos também morrem. Rapidamente a lagoa ou reservatório torna-se sem vida.
    Já em rios com corredeiras e saltos, o fosfato e as algas não causam problema. Não há tempo para o nível
 de fósforo aumentar e, portanto, as algas não conseguem crescer rápido: Normalmente, o fósforo segue para o mar, assentando-se no fundo.