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O Ciclo do Enxofre
Enxofre é uma substância amarela,
encontrada no solo, que queima com facilidade. As mais antigas civilizações já
o conheciam, havendo referências a ele na própria Bíblia. Há cerca de 2 mil
anos os chineses o utilizavam para
fabricar a pólvora dos fogos de artifício. E ainda hoje é usado na produção de
pólvora e de palitos de fósforos.
O enxofre entra também
na produção do ácido sulfúrico, uma substância química muito utilizada em
fertilizantes, corantes e explosivos.
Encontrado no mundo inteiro, o enxofre aparece especialmente em rochas vulcânicas. Também surge em rochas sedimentares, formadas por depósitos que se acumulam pela ação da água, do gelo ou do vento. Nos Estados Unidos, rochas sedimentares contendo enxofre são muito comuns ao longo de toda a costa do Texas e da Louisiana. Podemos encontrar enxofre também no carvão, no gás natural e em muitas outras substâncias existentes no solo.
O enxofre é essencial à vida. Faz parte das moléculas de proteína, que são vitais para o nosso corpo; elas formam o material que compõe músculos, tecidos e órgãos. Um adulto ingere, em média, 1 grama de enxofre todos os dias, e seu corpo mantém armazenados cerca de 140 gramas.
A natureza recicla o enxofre
sempre que animais e plantas morrem. Quando apodrecem, substâncias chamadas
"sulfatos", que se combinam facilmente com água, são absorvidas pelas raízes
das plantas em crescimento. Os animais obtêm o enxofre de que necessitam para
se manterem saudáveis através da ingestão
de vegetais, ou, se forem carnívoros, de animais herbívoros. Nos locais onde o
solo é encharcado, como os pântanos, existe um tipo de bactéria que é capaz de
transformar os sulfatos em gás metano, que tem cheiro de ovo podre.
Quando o equilíbrio do ciclo do
enxofre é alterado, animais e plantas sofrem. De certo modo, isso já vem
acontecendo, através da contínua queima
de carvão, petróleo e gás. Esses combustíveis são chamados de "fósseis".
Eles se formaram há milhões de anos, a partir da morte de imensas florestas
tropicais ou da morte de microscópicas
criaturas denominadas "plânctons".
Ao queimar combustíveis fósseis para obter a energia que
aciona as usinas, fábricas e veículos, lançamos enxofre
no ar. Esse enxofre sobe para a atmosfera na forma de um gás chamado "dióxido
de enxofre".
O dióxido de enxofre é um dos
principais poluentes do ar. E, quando se junta à umidade da atmosfera, forma
ácido sulfúrico fraco. Essa mistura, levada pelo
vento, vai cair a centenas de quilômetros de distância na forma
de chuva ácida.
Essa chuva não é um
fenômeno novo, visto que o dióxido de enxofre produzido nos pântanos e pêlos
vulcões sempre esteve presente no
ar. Porém até hoje o meio ambiente foi capaz de, sozinho, assimilar e anular
seus efeitos. A diferença é que
atualmente as chuvas estão muito mais carregadas de ácidos do que no passado,
por causa do elevado número de
fontes poluidoras.
Como as nuvens são levadas pelos
ventos por centenas de quilômetros, a chuva corrosiva acaba causando
danos em locais distantes da fonte
poluidora. Na Europa, uma das regiões mais seriamente castigadas pela
chuva ácida é a Escandinávia. A poluição
da Inglaterra, da Alemanha e dos países do leste acaba chegando até lá,
carregada pêlos ventos. Na América do Norte, ocorre a mesma coisa: o Canadá
reclama de que a maior parte da chuva ácida que cai em seu território é
produzida nos Estados Unidos.
A chuva ácida torna-se mais grave nas grandes áreas
industriais ou perto delas. Além de atacar
diretamente as folhas e brotos das árvores, ela ainda penetra em grande
quantidade no solo; absorvida pelas raízes, causa danos à planta como um todo.
Florestas inteiras do leste da Europa têm sido destruídas por chuvas ácidas.
Os peixes já
desapareceram de muitos lagos da Escandinávia, da Escócia e do Canadá. A chuva
ácida deixa substâncias nocivas na água, matando também, além dos peixes,
outros animais e plantas aquáticos.
A chuva ácida ataca,
ainda, pedra e concreto, corroendo as edificações lentamente. E mais: metais
expostos a ela enferrujam muito rápido; assim, pontes e outras construções de
aço precisam ser pintadas a intervalos menores, com elevados custos.