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Exceções à Regra do Octeto

O trihidreto de boro é uma exceção à regra do octeto, pois o boro

possui apenas seis elétrons em sua camada de valência

 
    A teoria eletrônica da valência, criada em 1916, pelos cientistas Gilbert N. Lewis e Walter Kossel, mais conhecida como Regra do Octeto, diz o seguinte:

    Assim, ao realizarem ligações entre si, independentemente do tipo de ligação (iônica, covalente ou metálica), os átomos envolvidos perdem, ganham ou compartilham elétrons com a finalidade de adquirir esse octeto eletrônico, ou seja, de ficar com oito elétrons na camada de valência e atingir a configuração de gás nobre.

    Entretanto, na prática, existem exceções a essa regra, pois alguns elementos ficam estáveis com menos de oito elétrons e outros com mais. Além disso, ainda há alguns que se estabilizam com um número ímpar de elétrons. Vejamos alguns exemplos:

    Contração do octeto (Estáveis com menos de oito elétrons):

    Ocorrem nos elementos do segundo período em diante, principalmente nas moléculas que apresentam o berílio e o boro, além também de alguns óxidos de nitrogênio. Abaixo temos dois casos assim:

    No primeiro caso temos o difluoreto de berílio. Note que apenas com duas ligações, isto é, com 4 elétrons na camada de valência, o berílio já atinge a estabilidade eletrônica.

    Já no segundo caso, no trifluoreto de boro, o boro adquire estabilidade compartilhando seus três elétrons de valência com três átomos de flúor, assim ele fica estável com apenas 6 elétrons na camada de valência.

    Em ambos os casos os átomos do flúor ficam com o octeto completo, mas o elemento central não.

    Expansão do Octeto (estáveis com mais de oito elétrons):

    Esse caso ocorre em elementos do terceiro período em diante, pois, visto que são mais de oito elétrons que terão que se comportar na camada de valência, o átomo precisa ser relativamente grande. É por isso que os elementos do segundo período nunca se expandem. Os elementos principais nos quais essa expansão do octeto ocorre são o fósforo (P) e o enxofre (S): 

    No primeiro caso, o fósforo ficou estável com 10 elétrons em sua camada de valência; já no segundo exemplo, o enxofre ficou com 12 elétrons.

    Isso pode ocorrer também em compostos de gases nobres formados em laboratório, como o XeF2 e o XeF4.

    Estáveis com um número ímpar de elétrons:

    São poucos os elementos em que isso ocorre, mas os mais comuns são os radicais livres NO, NO2 e ClO2, em que os elétrons na camada de valência dos átomos centrais são apenas 7. Veja um desses casos: